Seguindo com as resenhas de Revival, novo álbum de Selena Gomez, foi a vez do site da revista Teen Vogue divulgar a sua. Confira a mesma, traduzida na íntegra, abaixo:
“Nós somos sobreviventes do selvagem“, Selena Gomez afirma em uma das músicas de seu novo álbum, Revival. E ela é de fato uma sobrevivente, tendo lidado com mais em seus 23 anos do que a maioria das pessoas da idade dela. Ela foi diagnosticada com lúpus (e felizmente está em diminuição), foi alvo de críticas viciosas sobre seu corpo dos viciados em fofoca e passou pelas fases de luto de uma separação muito pública com um ex muito público. Pilhe isso no topo de ser uma celebridade desde os 7 anos, e tudo isso equivale a toda uma experiência de vida.
No entanto é seu rompimento com Justin Bieber que ganha mais manchetes do que qualquer outra coisa – no topo de uma condição de saúde, novos projetos musicais, e muito mais – mesmo que isso tenha acontecido há mais de um ano atrás. Uma rápida pesquisa no Google dos nomes da dupla gera 40,100,000 resultados da pesquisa em 0.08 segundos. Há uma especulação constante sobre o que suas canções são sobre. É ele? Será que ela sente falta dele? Será que ela ainda o ama? Será que eles ainda se falam? Todo mundo quer saber (e estamos em falta também). Você quer saber, talvez porque a relação volta-termina é parecida com o que você está passando com o seu próprio ex,, ou porque você ama cada um deles juntos ou separados, ou porque você apenas quer saber. Curiosidade humana é uma reação natural.
Mas de todas as ex-estrelas da Disney – o santo trio de Selena, Demi e Miley – é Selena que é mais vista pelo seu relacionamento, seja passado ou presente. Não importa o fato de que Demi Lovato é muito pública e honesta sobre seu relacionamento com o ator Wilmer Valderrama, ou que há alguns anos atrás, Miley Cyrus incendiou suas orelhas de rato com um twerk todo-poderoso e nunca olhou para trás. Quando Selena canta uma canção de amor, nós pensamos que isso tem a ver com seu ex. Quando ela aparece bruta e nua na capa de seu álbum, é visto como subversivo e fora do certo para um modelo para as meninas jovens.
Selena não é uma garota jovem mais, e esperar que ela atrase sua própria feminilidade por causa dos fãs – a quem ela chama de seu tudo – é pedir muito de um ser humano muito comum que está lidando com um monte de coisa, tanto em sua vida profissional e pessoal. E ignorar o fato de que ela é uma potência em seu próprio direito, e não poder falar sobre sem ao menos mencionar você-sabe-quem pelo menos uma vez, é roubá-la de seu poder.
Selena co-escreveu metade das músicas em seu novo álbum, que tem uma nova vibe que se encaixa com o novo capítulo de sua vida. Ela tem falado extensivamente sobre o fato de que ela levou um tempo para se acostumar com sua voz, mas o registro mais baixo funciona aqui, um som constante que não soa faltando, mesmo sem os truques extravagantes de seus contemporâneos. Ela se mudou para uma nova casa, que ela divide com duas amigas muito normais, não-famosas, se separou de sua mãe-manager, que supervisionava sua carreira desde que Sel tinha 7 anos, e tem consistentemente matando o jogo da alfaiataria, tudo enquanto não pede desculpas por quem ela é. Se isso não significa um modelo, o que significa?
E ainda as pessoas parecem não conseguir levá-la a sério, a menos que eles mencionem sua sexualidade. Como se ela não conseguisse cantar: “Me deixe mostrar como estou orgulhosa de ser sua / Deixar este vestido uma bagunça no chão,” acreditável, embora há muito mais sugestivas e muito mais ostensivas letras lá fora. “Ela está desenvolvendo sua sensualidade”, A$AP Rocky, que dispõe sobre “Good For You”, disse à Billboard, reivindicando sua sexualidade apesar do fato de que ele não tem absolutamente nenhum direito de fazê-lo. “Eu não acho que ela está lá 100 por cento ainda. ela, provavelmente, só f-eu [um homem], se for isso. Mas, honestamente, ela não estava procurando um hit No. 1. ela fez isso para excomungar-se de sua imagem. isso é corajoso. ”
A própria história sexual de Selena não tem nada a ver com a sua capacidade de vender uma canção – e se ela tem um furo 20 ou 100 sob seu cinto é:
A. Não verificado e desnecessário a conjuntura de um homem que cresceu em um mundo onde se você dormiu com mais mulheres, mais homem você é. (Mas deve-se notar que, historicamente, para as mulheres, se você dormir com mais homens, menos mulher você é.)
B. Alguém literalmente machista usa seu sucesso musical para o sucesso sexual sem contexto apropriado.
C. Nada da sua maldita conta
Selena sabe disso, também. Na mesma entrevista para Billboard, ela disse: “Se eu fizesse metade das coisas que garotos fazem, eu não teria um acordo com a Pantene. Há um certo padrão de mulheres realizadas porque… eu não sei. Muitas mulheres hoje em dia falam tanto sobre isso. Precisamos causar um pouco de tumulto, porque eu já vi isso. Eu experimentei isso. É um absurdo. “E é por isso que ela também é orgulhosa de sua herança mexicana, e de ser uma mulher que tem ‘uma voz’ em uma cultura orientada por homens.
Vivemos em um mundo que ainda arremessa a palavra “vadia” por aí desnecessariamente, e é rápido em ligar celebridades juntas, mesmo se elas foram apenas pegas no mesmo enquadramento de uma foto de paparazzi. As pessoas ainda vão consumir essas manchetes mais do que qualquer outra, mas precisamos – e iremos tentar – fazer melhor. E se isso não funcionar, Selena já tem uma resposta para os que não-falam-nada em Revival: “Mate-os com bondade.”