Seguindo com as resenhas de Revival, novo álbum de Selena Gomez, foi a vez do site do site All Music divulgar a sua com a nota 60/100. Confira a mesma, traduzida na íntegra, abaixo:
Durante o curto período de tempo desde seu último álbum “Stars Dance” de 2013, e o lançamento de Revival em 2015, Selena Gomez passou algumas coisas que parecem valer uma década. Uma mudança de gravadora (de Hollywood a Interscope), um fim de relacionamento muito público com o antigo namorado Justin Bieber, questões de gerenciamento da sua carreira, vários rumores de reabilitação, e até mesmo algumas coisas boas (uma canção de sucesso, uma colaboração com Zedd). Revival é algo de um novo começo para Gomez, tanto musicalmente quanto pessoalmente. Tendo mais controle sobre o álbum, com mais créditos escrita e supervisão de produção, o som muda de direção para longe da natureza grudenta de seus primeiros trabalhos ou os aspectos tangenciadores de gênero de outros lançamentos. Em vez disso, o álbum se limita à uma mistura de canções agitadas e baladas com um par de canções com uma pitada de R&B. Gomez parece mais à vontade nas pistas de dança uptempo como “Kill ‘Em With Kindness” ou “Me & the Rhythm“, onde a suavidade de sua voz se encaixa com o vago abandono da batida. Ela faz um bom trabalho nas faixas que deslizam fora dos limites dessa fórmula como na faixa formulada com estalar de dedos e bem atrevida escrita por Charli XCX “Same Old Love” ou a sensual, cheia de ritmos latinos picantes e sintetizadores estranhos em “Body Heat“. Essas faixas mostram Gomez no seu melhor, moldando sua personalidade para coincidir com a sagacidade e imaginação mostrada nos arranjos. As faixas que parecem mais pessoais e confessionais nem sempre se saem tão bem, com uma balada apenas no piano (“Camouflage“) pesando as coisas e o exagero de “Sober“. Ambas as canções são culpadas por partilharem um pouco demais – o que seria OK se a melodia e música foram um pouco mais interessantes – mas elas realmente não são. Outro ponto fraco vem à tona quando Gomez adota uma persona excessivamente sexual, como no mau gosto de “Good For You“, ou usa “linguagem adulta.” Quando ela faz isso dá a impressão de que ela está forçando para ser adulta. Em vez de apenas escrever sobre o que está acontecendo em sua vida ou com as suas emoções e torná-las reais, ela empurra muito essa imagem e sai forçada. É muito ruim, porque há muito o que se gostar sobre o álbum. Há algumas canções tão boas quanto qualquer coisa que ela fez, sua voz ainda é muito elástica e capaz de cantar qualquer coisa de forma convincente, para além do material desenhadamente sexy, e a produção é bem profissional graças a pesos pesados como Stargate, Max Martin e Hit Boy. É um álbum de pop sólido no geral, mas é um pouco demasiado estereotipado e previsível para ser taxado como seu melhor trabalho.