Acho que a maioria que está lendo esse post ainda estuda, não importa se está no colégio ou já é um universitário. O assunto que queremos tratar na coluna hoje é sobre fazer valer a pena essa oportunidade de estudo. Alguns podem ter acesso a uma melhor forma de ensino na sua cidade, outros não, mas já pensaram que muitos só querem uma oportunidade para estudar?
Isso mesmo, já pararam para pensar que o nosso país é enorme e isso dificulta o acesso de muitas crianças e jovens à escola? Uma situação que é mais comum do que imaginamos, acreditem. Por exemplo, existem muitos que terminam o 5°Ano (antiga 4° série) e não continuam com os estudos. Consequência direta das diversas dificuldades que enfrentam para concluir o 5°Ano. Por isso muitas vezes continuar com os estudos é uma tarefa quase que impossível, porque como já sabem o básico não acreditam que vá mudar muito continuarem ou não a escola.
No Brasil, desde 2005 existe no Acre o programa “Asas da Florestania” para atender os moradores dessas localidades e tentar amenizar os problemas com a educação. O programa tenta mostrar a importância de seguir estudando aos jovens do país, ainda que haja dificuldades. Projetos como esse no Brasil são muito importantes, é preciso que a educação chegue de verdade à todos. Não é normal exigir que crianças e pais cruzem florestas ou atravessem rios todos os dias, além de ser uma rotina cansativa, não há nada que gere atração pela educação por ambas as partes com uma rotina assim. Ainda podemos comentar sobre o trabalho da “Fondation Forge” que segue ideiais parecidos com o projeto brasileiro, buscando além de mostrar a importância de terminar os estudos, inserir os jovens no mercado de trabalho. Esse trabalho é realizado na Argentina, Uruguai e Peru.
No Congo encontramos um programa que é conhecido como ‘Getting Ready for School: a Child-to-Child Approach’ que seria como “Preparando-se para a escola: Uma Aproximação Entre As Crianças”. O programa, que tem baixo custo, permite uma educação complementar aos que estão ou estariam na pré escola, principalmente aos mais marginalizados. Basicamente o projeto realizado no Congo funciona com as próprias crianças atuando como professores dos próprios familiares (irmãos, vizinhos e primos) para ensinar o básico para que esses pudessem começar a frequentar a escola. Muitos não começam a estudar por vergonha de chegar sem saber nada e acabar não acompanhando o ensino.
Depois de conhecer mais detalhes sobre a educação em outras partes do país e em outros países, devemos ou não evitar reclamações sobre os nossos estudos? Falem menos “quero férias” e usem mais “agradeço por estar estudando”.
• 26 de Maio, RIO de Janeiro
Educandário Romão Duarte, Flamengo – 14h às 16h• 30 de Junho, RIO de Janeiro
Educandário Romão Duarte, Flamengo – 14h às 16h