Postagem por:
Barros Erika
14 dez.2013

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O filme Spring Breakers de Harmony Korine apareceu em alguns Top 10 nesse ano, mas ninguém foi tão enfático nos comentários sobre o filme como Tom Carson na revista The American Prospect.

O filme mostra seios nus a todo momento, cenas de roubos absurdamente idiotas e depredação, e um James Franco com um visual que parece ter colocado um soco inglês de metal em seus dentes, como um rapper branco wannabe gangster chamado Alien. Você acreditaria em mim quando eu te disser que é o filme mais engraçado e inteligente sobre nossa imagem nacional – que, sendo nos EUA, significa a vida fantasiada pelo país, também conhecida como a busca pela felicidade – que eu vi em muito tempo?

Como você pode esperar de Carson, um escritor que venceu duas vezes o National Magazine Award, é uma prazerosa leitura, mais ainda se você imaginar o público da Prospect – que é, vamos dizer assim, de alguma forma distante do público alvo de Spring Breakers – misturando seu chá de ervas e tirando seu monóculos enquanto eles leem a crítica.

Spring Breakers nào está no meu Top 10, nem 15 ou 20 e eu já fui pedido para fazer várias publicações e enquetes. Mas eu acho que Spring Breakers é inquestionavelmente o filme do ano, considerando que o Papa Bento XVI é a Pessoa do ano, segundo a Time – não o melhor filme do ano, mas o filme mais “2013” deles. Se você quiser mostrar para gerações futuras onde os EUA estavam em 2013, coloque Spring Breakers para eles assistirem.

Os filmes de Harmony Korine sempre andam na linha entre genialidades e fraudes, e Spring Breakers balança nessa linha mais do que seus outros filmes. É seu filme mais “profissional”, gravado por Benoit Debie, mas também um de seus filmes mais improvisados e o menos pessoal. É fácil de amar, mas também fácil de subestimar. Korine joga um jogo duplo, explorando a imagem de jovens “maduras demais” e o excesso infligido pelo hip hop, enquanto os critica – mesmo que seja mais fácil ver o último como uma tela de fumaça pela sua indulgência não muito disfarçada.

Jonathan Rosenbaum, em um longo discurso atacando a “inflação crítica” do final do ano, chamou Spring Breakers de “outro filme para quem não tem noção da realidade” e “amigável provocação misturada com pornô infantil”, um comentário que mostra mais sua idade do que seu gosto. Nem as personagens nem as atrizes que as interpretam são crianças; Selena Gomez tem idade o suficiente pra beber. Mas não há muitos filmes americanos que confrontam exatamente o quão rápido e difícil é o crescimento dos jovens, especialmente mulheres, nos dias de hoje. Em um momento que o personagem de Selena é uma adulta completamente sexual, no próximo ela está no telefone com seus pais como uma criança perdida. é feio e estranho e difícil de se fazer, e inquestionavelmente deveria ser todas essas coisas.

Empatado com outros 6 filmes pelo décimo lugar, A.O. Scott do the New York Times junta Spring Breakers com The Bling Ring e O Lobo de Wall Street, todos filmes que alguns críticos detonaram por serem de mau gosto (o último de forma vaga, já que o embargo do estúdio atrasou sua estreia para 17 de Dezembro). Mas talvez bom gosto não é a melhor maneira que representar um país, e uma cultura, que parecem não ter tanto interesse nisso.

Fonte: Indie Wire

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