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Samuel Rodrigues
21 jun.2022

Na tarde da última segunda-feira (20), foram publicadas as primeiras resenhas da segunda temporada de “Only Murders in the Building”, que chega ao catálogo brasileiro da plataforma Star+ no dia 28 de junho. A nova temporada recebeu aclamação por parte da crítica especializada, apresentando 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 75 no Metacritic. Confira, abaixo, a tradução das críticas em destaque:

Segunda temporada de “Only Murders in the Building” investiga crimes levemente desorganizados

Por: Alan Sepinwall, Rolling Stone

Nota: 70/100

Em episódio inédito da comédia do Hulu, “Only Murders in the Building”, Charles (Steve Martin) está satisfeito com o quanto ele e seus colegas, Oliver (Martin Short) e Mabel (Selena Gomez), fãs de podcasts sobre crimes reais conseguiram manobrar através de um mundo de violência e mistério. Oliver concorda, dizendo: “você pode dizer que esta é a nossa segunda temporada”.

É uma de uma infinidade de piadas autoconscientes espalhadas ao longo do retorno de “Only Murders”. Sua temporada de estreia contou a história de Charles, Oliver e Mabel lançando seu próprio podcast para investigar o assassinato de um vizinho em seu sofisticado complexo de apartamentos em Manhattan, o Arconia. Esses episódios de 2021 estabeleceram um padrão muito alto, funcionando como uma paródia hilária de crimes reais e um mistério genuinamente emocionante, até um final maravilhoso que serviu quantidades iguais de humor e suspense. Quando a nova temporada começa com o trio se tornando suspeito do assassinato da antigo presidente do conselho de inquilinos, Bunny (Jayne Houdyshell), Charles observa que eles têm uma rara oportunidade de fazer uma sequência direta com relação ao crime original; a maioria dos podcasts de crimes reais “seguem em frente para um novo caso que nunca faz sucesso como o original”. Os superfãs do podcast, constantemente seguindo seus heróis, debatem se o show-dentro-do-show foi ladeira abaixo, e há competição da ex-heroína do trio principal, a podcaster de celebridades Cinda Canning (Tina Fey, reprisando seu papel) que quer arruiná-los com um podcast rival chamado “Only Murderers in the Building”.

Mas, como o programa de televisão real, feito para streaming, estrelado por duas lendas da comédia e um superstar pop, “Only Murders” se mantém em sua própria temporada de sequência? Através dos oito episódios (de 10) fornecidos aos críticos, os resultados são mistos. Ainda é tremendamente divertida e agradável e, de certa forma, ainda melhor do que a primeira temporada em como se aprofunda em personagens que poderiam facilmente ser desenhos animados. A comédia, porém, parece um pouco mais suave ou, talvez, apenas mais familiar, e o mistério é substancialmente mais desgrenhado.

Comecemos pelo lado bom. As três estrelas têm alguns papéis dramáticos em seu currículo: Steve Martin muito mais do que os outros dois, mas ainda é uma surpresa tão agradável que eles e a equipe criativa, liderada pelo showrunner John Hoffman, sejam capazes de levar a vida interior de seus personagens e de muitos dos personagens coadjuvantes tão a sério. Na nova temporada, Charles lida com verdades inesperadas sobre seu falecido pai e tenta descobrir os novos parâmetros de seu relacionamento com Lucy (Zoe Colletti), a filha agora adolescente de uma de suas ex. Oliver tenta garantir que sua reconciliação com seu filho Will (Ryan Broussard) continue, e não se afogue em seu próprio narcisismo. E depois que Mabel é encontrada ajoelhada sobre o cadáver de Bunny, com uma memória incompleta do que realmente aconteceu, ela tem que lutar com outras partes de seu passado que ela bloqueou, e se ela pode realmente ser capaz de um ato tão hediondo.

Tudo isso é jogado de forma direta e eficaz, assim como a maioria dos holofotes em outros rostos familiares ao redor do Arconia. O primeiro episódio abre com o jingle “I Love New York” de um anúncio de turismo do final dos anos setenta, uma relíquia de uma época em que a cidade estava quebrada e as pessoas ainda tinham medo de visitar; a temporada como um todo parece uma celebração dos tipos excêntricos e adoráveis ​​que são inextricavelmente atraídos pelo “Big Apple” tanto nos bons quanto nos maus momentos. Um dos melhores episódios da primeira temporada foi contado do ponto de vista de Theo Dimas (James Caverly, que retorna nesta temporada), o filho surdo do suspeito de assassinato Teddy (Nathan Lane, também de volta, e continuando ameaçam Martin Short). Essa abordagem se expande aqui, já que muitos episódios são narrados por outros personagens além de Charles ou contados segundo diferentes perspectivas, incluindo um episódio sobre o último dia de Bunny na terra (e seu amor eterno pelos amaldiçoados New York Knicks) e um episódio de blecaute que dimensionaliza personagens menores como Howard (Michael Cyril Creighton), obcecado por gatos, e o velho porteiro Lester (Teddy Coluca).

A desvantagem de estender essa empatia muito além do trio central é que o principal conceito estilístico da série se perde um pouco. A maioria dos episódios não são mais apresentados como se pudessem fazer parte do podcast, e fica claro desde o início que nossos heróis estão deliberadamente mantendo a maior parte de sua investigação fora do podcast, porque a maior parte envolve tentativas elaboradas de enquadrá-los pelo assassinato de Bunny. Isso levanta a questão do que exatamente está no podcast; o mais próximo que chegamos de uma resposta é o lamento dos superfãs de que a nova temporada tem muito enchimento. A estrutura de podcast falso não era totalmente necessária, pois o charme e a química dos protagonistas carregam muito peso. Mas sua ausência dá à nova temporada uma sensação mais desconexa, e que também afeta o próprio mistério. Uma grande parte da mágica da primeira temporada foi sua capacidade de funcionar como uma paródia misteriosa e real ao mesmo tempo, e muito desse sucesso dependia dos roteiros permanecerem tão focados no enredo e nos suspeitos quanto na comédia sobre a celebridade desvanecida de Charles, o amor de Oliver por molhos, a dificuldade dos homens em entender os millennials. A comédia ainda está lá, embora um pouco mais previsível, mas o enredo é mais esboçado. Há novos suspeitos, principalmente Cara Delevingne como Alice, uma artista que se interessa muito pelo trabalho de Mabel (e mais). Mas grandes revelações: o pai de Charles tinha uma conexão secreta com Bunny! Os motivos de Alice são suspeitos! São aspectos introduzidos e rapidamente esquecidos, tornando mais difícil se envolver emocionalmente com a história, muito menos se divertir em casa.

O reconhecimento frequente dos personagens de que esta é uma sequência tem suas próprias vantagens e desvantagens. As piadas de autorreferência são geralmente engraçadas, e a escolha da nova celebridade, interpretando a si mesma, para se mudar para o antigo apartamento de cobertura de Sting é inteligente. Mas, quanto mais o programa fala sobre si mesmo, mais a coisa toda se transforma em uma estranha equação matemática. Alice, por exemplo, parece se encaixar como a nova Jan (Amy Ryan), o inesperado interesse amoroso de Charles que acabou sendo a assassina da primeira temporada. Isso parece livrar Alice de suspeitas, mesmo porque nenhum programa arriscaria fazer exatamente o mesmo truque duas vezes. Mas talvez seja isso que Hoffman e companhia querem que pensemos? Quanto mais a série nos convida para esses tipos de buracos de coelho, menos existimos dentro da história.

E, ainda, existem esses três atores extremamente atraentes que trabalham tão bem juntos. Há um conjunto profundo de personagens coadjuvantes coloridos interpretados por grandes artistas de quadrinhos por direito próprio, com novos sendo adicionados. Procure a antiga co-estrela de SCTV de Short, Andrea Martin como Joy, a maquiadora que trabalhou com Charles em seu antigo drama policial Brazzos. Também há uma profunda afeição pelo gênero e pela própria cidade de Nova Iorque. As rachaduras na fundação do Arconia estão começando a aparecer este ano, e o mesmo vale para “Only Murders in the Building”. Entretanto, ambos ainda são lugares encantadores para se visitar. Em um episódio, Oliver considera convidar um dos superfãs do podcast para compartilhar uma nova teoria sobre o caso Bunny. Quando Charles e Mabel começam a se opor, Oliver responde: “o quê? Estamos com pouco conteúdo de qualidade nesta temporada.” Quanto a “Only Murders in the Building”, pode ser mais amena, porém ainda de qualidade.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” continua a ser uma comédia de sucesso eletrizante

Por: Tessa Smith, Mama’s Geeky

Nota: 4/5

A segunda temporada de “Only Murders In The Building” continua a atingir o momento cômico perfeito. Com um novo mistério a ser resolvido, as apostas são ainda maiores. Esta crítica é baseada apenas nos primeiros oito episódios da segunda temporada de “Only Murders in the Building”. “Only Murders in the Building” conquistou o mundo com sua primeira temporada. Seguindo a história de três amigos improváveis e seu podcast sobre assassinato, as reviravoltas continuaram chegando à medida que eles tentavam descobrir quem matou Tim Kono em seu prédio, na cidade de Nova Iorque. A temporada terminou à beira do precipício com mais uma morte e, desta vez, eles foram incriminados por isso.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” continua exatamente a partir de onde a primeira temporada parou e, com certeza, manterá a mesma sensação. Isso mesmo, humor seco e reviravoltas são abundantes. Com a questão de quem matou Bunny aparecendo ao longo da temporada, cada episódio apresenta um novo possível suspeito, assim como foi feito na primeira temporada.

Existem vários novos personagens, mas o foco permanece em Charles, Oliver e Mabel. Cada um deles está passando por algo que está afastando sua vida uma dos outros. Lidar com isso, além de ser suspeito de assassinato, adiciona muito drama à temporada. Cara Delevingne se junta a essa temporada como o interesse amoroso de Mabel, porém, como os fãs sabem, ela tem alguns problemas de confiança quando se trata de seus relacionamentos. Em uma tentativa de deixá-los livres de spoilers, não vamos mergulhar muito nisso, mas os dois têm uma química fantástica em tela. É claro que elas estão muito à vontade uma com a outra, e é bom ver esse lado da Mabel.

Quanto ao Charles, bem, algo que ele nunca esperava que acontecesse, acontece. Haverá um reboot de Brazos, que é um sonho se tornando realidade para ele. Essa série sempre zombou a cultura pop, e trata-se de outra maneira de fazer isso. Novamente, não queremos divulgar spoilers; contudo, esse novo papel dele traz muito humor à segunda temporada de “Only Murders in the Building”. Charles também tem algumas pessoas de seu passado ajudando-o a tentar resolver o assassinato de Bunny, o que acrescenta um frescor ao mistério de vez em quando.

A respeito de Oliver, ele está lidando com acontecimento que pode mudar sua vida. Ele ainda tem sua obsessão por molhos (o que, nada verdade, causa alguns dos momentos mais hilários da temporada), mas há algo muito mais pesado passando por sua mente. Nos primeiros oito episódios, a revelação não veio, e certamente esperamos que isso seja a favor dele.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” continua provando que o trio cômico de Gomez, Short e Martin deveria entrar para os livros de história. Os três trabalham extremamente bem juntos e sua dinâmica traz algo verdadeiramente especial para a série. O mistério do assassinato de Bunny fica cada vez mais louco, fazendo com que os espectadores criem suas próprias teorias na esperança de resolvê-lo antes que os podcasters consigam.

Amy Schumer é, de longe, a pior parte desta temporada. Ela é encarregada de interpretar uma versão mais irritante de si mesma e, bem, ela consegue. Infelizmente, nenhuma de suas interações é engraçada, pois ela é mais irritante do que qualquer outra coisa. A o que salva é que ela não aparece muito na temporada. Então tem isso. Dito tudo isso, esta resenha é baseada apenas nos primeiros oito episódios da temporada. Os dois episódios finais da segunda temporada de “Only Murders in the Building” ainda não foram compartilhados com a imprensa. Isso significa que é difícil criticar a temporada como um todo e determinar se as produções finais valerão a pena.

O que podemos dizer é que ainda não temos ideia de quem realmente é o assassino, mas há um ou dois suspeitos muito bons em mente. Haverá grandes reviravoltas? Provavelmente. De qualquer forma, é uma alegria completa ver esses três juntos em tela, fazendo o que podem para limpar seus nomes. Se a segunda temporada de “Only Murders in the Building” continuar no caminho que está seguindo, há uma boa chance desta temporada ser melhor que a primeira. Esperamos que o episódio final traga mais um gancho do assassino para o público, de modo a se preparar para uma terceira temporada.

Resenha da segunda temporada de Only Murders in the Building: uma segunda temporada maior, mais engraçada e mais ambiciosa

Por: Chris Evangelista, Slashfilm

As temporadas de segundo ano são coisas complicadas. Se um programa, seja em forma de TV ou podcast, tiver sorte e for bom o suficiente para fisgá-lo com sua primeira temporada, sempre há o risco de retornos decrescentes a serem considerados. O que era fresco pode parecer obsoleto. É um fato da vida que se aplica a coisas além do entretenimento. Afinal, mais cedo ou mais tarde, aquele cheiro de carro novo desaparece. Então, irei confessar que até o final do suspense, pensei que “Only Murders in the Building” seria uma série única, e estava perfeitamente bem com isso. Não que eu não quisesse que a série voltasse; foi porque tudo parecia tão perfeitamente embrulhado, e estender as coisas para uma segunda temporada seria um desastre. O mistério central foi resolvido, e bem resolvido. Além disso, parecia meio bobo ter outro mistério de assassinato acontecendo no mesmo local.

Mas a tolice está presente em “Only Murders in the Building”, e uma segunda temporada está aqui, levando-nos de volta para dentro do Arconia, um amplo prédio de apartamentos no Upper West Side. E, como se vê, eu não precisava me preocupar — “Only Murders in the Building”, criado por Steve Martin e John Hoffman, consegue evitar qualquer vestígio de queda no segundo ano, embora haja muitas piadas de autorreferência sobre como as segundas temporadas podem muitas vezes decepcionar. Para a segunda temporada, a série se tornou maior, mais engraçado e ainda mais estranha. Essa é uma temporada mais ambiciosa, pulando no tempo e apresentando novos mistérios, novos personagens e novas revelações sobre nossos protagonistas: o ator fracassado Charles-Haden Savage (Steve Martin), o exagerado diretor da Broadway Oliver Putnam (Martin Short), e a sarcástica e reservada Mabel Mora (Selena Gomez), que faz amizade com os dois homens com idade suficiente para serem seus avós. Os três se uniram por seu amor por podcasts de crimes reais — um amor que os inspirou a lançar um podcast próprio. Por mais desajeitado que o podcast possa ter sido, ele se tornou popular o suficiente para render a Charles, Oliver e Mabel uma base de fãs dedicada — que inclui uma detetive local (Da’Vine Joy Randolph), que simpatiza com os três detetives amadores (enquanto também ficando ocasionalmente irritada com sua tolice).

Após a conclusão bem-sucedida do mistério da primeira temporada, Charles, Oliver e Mabel foram apresentados a um novo caso – um que acabou levando-os à prisão. Bunny (Jayne Houdyshell), a rabugenta presidente do conselho do Arconia, foi assassinada – e Mabel foi encontrada sobre o corpo da mulher morta, encharcada de sangue. Mabel matou Bunny? Ela acha que não (suas memórias são convenientemente confusas para tornar o mistério ainda mais… misterioso).

Porém, se Mabel é inocente, isso significa que há um assassino à espreita no Arconia (de novo). Nossos três heróis podcasters podem resolver o caso e limpar seus nomes? A auto-aversão de Charles ressurgirá de novas maneiras? Oliver irá comer muito e muito molho? Mabel irá superar seu passado assombrado? Você irá rir muito assistindo tudo isso? Não posso responder a todas essas perguntas sem dar spoilers, mas posso confirmar que a expressão “rir pra caramba” se encaixa. Simplificando, eu amo essa série. Memória e percepção são os grandes temas da temporada, e isso exige que o enredo mude frequentemente de perspectiva – e lugar. Não só aprendemos mais sobre nossos personagens e sua juventude (ou, no caso de Mabel, a infância), como também aprendemos mais sobre o imponente edifício Arconia, que parece estar literalmente transbordando de mistérios, como uma réplica do tamanho de um apartamento da mansão do crime de “Pista”.

O segredo do sucesso de “Only Murders in the Building”, além de seus três simpáticos protagonistas e da química maluca que eles têm juntos, está em como a série manipula seu tom. É consistentemente engraçado e misteriosamente convincente. Sim, o programa satiriza as verdadeiras obsessões do crime – mas os roteiristas também são habilidosos em criar o tipo de mistério que nos deixa viciados. As melhores paródias são aquelas criadas a partir de um lugar de amor; é somente quando realmente amamos alguma coisa que somos livres para zombar dela (com boa índole). Para sua segunda temporada, “Only Murders” aumenta a comédia e o mistério. As piadas vêm rápidas e furiosas, enquanto os personagens tropeçam em uma reviravolta chocante após a outra. Quase todos os episódios terminam em um confronto e, embora isso seja manipulador e meio barato, funciona. Não podemos deixar de ser pegos em tudo.

Esta temporada adiciona novos personagens – que são, por definição, novos suspeitos – ao elenco crescente. Cara Delevingne é uma simpática artista que se aproxima de Mabel. Amy Schumer aparece como uma versão deliciosamente desequilibrada de si mesma. E a lenda viva Shirley MacLaine até aparece, e embora seu papel seja pequeno, ela é francamente hilária; MacLaine pode ter 88 anos agora, mas ela não perdeu o jeito. Mas são as três pistas que nos mantêm viciados; que nos deixam na ponta de nossos assentos com preocupação (até cairmos para trás, rindo de algum absurdo que surge de repente). Embora eu continue achando que Gomez é o elo mais fraco do trio (apenas um pouco, lembre-se), ela ainda trabalha maravilhosamente com seus co-atores. E Martin e Short, que fazem isso há muito tempo, continuam sendo profissionais experientes e habilidosos. Os dois atuam um com o outro de forma incrível, e há uma riqueza de cenas envolvendo os dois que me fizeram tentar recuperar o fôlego de tanto rir (Short está particularmente ótimo nesta temporada, realmente se inclinando para o ridículo inerente de Oliver). Enquanto Martin, Short e Gomez quiserem fazer esses papéis, continuarei voltando ao Arconia e sei que não estou sozinho. A primeira temporada de “Only Murders in the Building” foi uma boa surpresa, vindo aparentemente de lugar nenhum e nos dando grandes personagens, grandes mistérios e grandes casacos (sim, a roupa da moda está de volta para a segunda temporada). A segunda temporada nos mostra que a primeira temporada não foi um acaso.

Resenha da segunda temporada de “Only Murders in the Building”: ainda divertida, porém muito mais sobrecarregada

Por: Rachel LaBonte, Screen Rant

Uma das maiores séries de estreia de 2021, “Only Murders in the Building”, do Hulu, terá que se esforçar para chegar à altura da primeira temporada com a segunda. Corrida de calouro. Essas razões ainda estão firmemente estabelecidas para a segunda temporada de “Only Murders in the Building”, apesar de os novos episódios (8 de 10 dos quais foram fornecidos à crítica) não estarem isentos de dores de crescimento. Ainda assim, aqueles que gostaram de assistir a três amigos inesperados investigando um assassinato em seu espaçoso prédio de apartamentos no Upper West Side provavelmente se divertirão assistindo ao que eles fazem na segunda temporada. “Only Murders in the Building” retorna com muito do que fez a primeira temporada tão divertida, assumindo muitos riscos com a segunda temporada.

Sem perder tempo, a segunda temporada de “Only Murders in the Building” começa exatamente de onde a primeira temporada parou. A presidente do conselho do Arconia, Bunny Folger (Jayne Houdyshell), foi assassinada, e todos os sinais apontam para Mabel Mora (Selena Gomez) ser a culpada, principalmente porque ela foi encontrada ensanguentada com o corpo de Bunny. Seus amigos Charles-Haden Savage (Steve Martin) e Oliver Putnam (Martin Short) também estão na mira da polícia, deixando-os sem escolha a não ser iniciar a segunda temporada de seu podcast para limpar seus nomes. À medida que Mabel, Charles e Oliver começam a investigar o assassinato de Bunny, eles aprendem muito mais sobre o Arconia do que esperavam, mesmo quando encontram rostos novos e familiares ao longo do caminho.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” tem um começo forte. Não demora muito para reunir o trio central novamente, e há um foco inicial em Bunny que adiciona com sucesso mais profundidade à personagem que era bastante desagradável na primeira temporada. Humanizar Bunny torna mais fácil investir na busca por seu assassino, e confere ao mistério uma vibe emocional. Ao mesmo tempo, “Only Murders in the Building” tem muito mais em jogo durante a segunda temporada. Existe uma série de novos personagens introduzidos rapidamente, desde a elegante artista de Cara Delevingne, Alice, até a perspicaz Leonora Folger, de Shirley MacLaine, mãe de Bunny. Além disso, vários rostos memoráveis ​​​​da primeira temporada de “Only Murders in the Building” voltam, criando um conjunto superlotado. Como resultado, a investigação do assassinato de Bunny, às vezes, fica em segundo plano, o que pode ser frustrante para quem espera a solução com um pouco mais de urgência. No entanto, é um alívio dizer que todos esses personagens não tiram nenhum tempo de tela do trio principal; em vez disso, entram e saem em torno deles. A segunda temporada de “Only Murders in the Building” está determinada a ir a fundo com cada podcaster, seja revelando novos detalhes sobre a família de Mabel ou assistindo Oliver enfrentar um obstáculo inesperado em seu relacionamento com seu filho. Não muito diferente das histórias de seus personagens, “Only Murders in the Building” está recheado de plots, mas nem todos são bem-sucedidos ou adicionam muito à história geral. Por exemplo, Amy Schumer é uma estrela convidada como uma versão exagerada de si mesma e parece forjar uma parceria de trabalho com Oliver que não dura mais do que alguns episódios. Entretanto, existem algumas jóias a serem encontradas na segunda temporada, principalmente quando se trata de um ponto de retorno envolvendo o passado de Charles.

Ajuda, também, que “Only Murders in the Building” não pulou nenhum passo quando se trata de suas pistas. Martin, Short e Gomez retornam com uma avidez que é revigorante de assistir; assim que eles se voltam um ao outro, a animação está de volta. Pode ser ridículo destacar uma solução básica no grupo, mas Short merece crédito especial por sua capacidade de alternar entre os maneirismos exagerados de Oliver e sua surpreendente vulnerabilidade. Gomez mantém o humor seco de Mabel e brilha nos momentos em que a personagem começa a questionar sua própria natureza. Finalmente, Martin, muitas vezes, se sente como a cola que une todos por causa de quão firme Charles é, embora, naturalmente, ele também consiga manter as risadas enquanto ainda cutuca o funcionamento interno de seu personagem. Mesmo que o enredo possa desacelerar, a dinâmica entre o trio de “Only Murders in the Building” mantém a série tão deliciosa quanto na primeira temporada.

Como esta crítica só pode falar de 8 episódios, resta saber se a segunda temporada de “Only Murders in the Building” manterá o patamar. As duas últimas partes da temporada têm muito o que encerrar, incluindo subtramas que parecem um pouco esquecidas no final do episódio 8. Todavia, como a série foi tão inteligente na primeira temporada, é fácil dar o benefício da dúvida. “Only Murders in the Building” ainda mantém seus encantos e, com certeza, há muitas coisas trabalhando a seu favor na segunda temporada. Supõe-se que seu o objetivo de ir tão além desta vez, não fique perdido o que uniu Mabel, Charles e Oliver: um bom e velho assassinato misterioso.

Crítica de ‘Only Murders in the Building’: mais assassinatos e mais caos tornam a segunda temporada da comédia de mistério imperdível

Por: Tyler Doster, AwardsWatch

Nota: A-

Em qualquer veículo da mídia, existe algo conhecido como a “queda do segundo ano”. É quando uma ótima primeira entrada, incluindo música e televisão, abre caminho para uma segunda temporada sem brilho. Pode afetar a maior parte da televisão e, dependendo de quem se pergunta, pode ser a razão pela qual as pessoas param de assistir ou se envolver com determinadas mídias. Felizmente, a próxima temporada de “Only Murders in the Building”, do Hulu, não cai nessa armadilha e oferece uma deliciosa segunda temporada cheia de risadas. A segunda temporada também apresenta piadas da “segunda temporada” sobre o podcast, especialmente no primeiro episódio, que são autorreferenciais, pois comentam sobre como “as segundas temporadas são difíceis”, de acordo com Oliver.

Nos momentos finais do final da primeira temporada, Charles Haden-Savage (Steve Martin) e Oliver Putnam (Martin Short) entram no apartamento de sua co-apresentadora de podcast, Mabel Mora (Selena Gomez), e a encontram de pé sobre o cadáver da síndica do prédio, Bunny, coberto de sangue. Esses momentos finais são o catalisador para a segunda temporada, empurrando o trio para outro mistério de assassinato, pois eles se encontram como suspeitos no caso. A temporada começa com o trio sendo questionado individualmente pela detetive Williams (uma maravilhosa Da’Vine Joy Randolph) e o detetive Kreps (Michael Rapaport) para descobrir como todos eles acabaram no mesmo apartamento com uma mulher morta. Esta abertura serve como uma boa reintrodução aos personagens: Mabel é sarcástica e confiante, Charles acha que sabe tudo sobre trabalho de detetive por causa da série de detetives que ele costumava estrelar, e Oliver é uma pilha de nervos que dirá tudo o que puder para ser libertado. Depois que eles são liberados, o detetive Williams informa ao trio que eles não podem continuar fazendo podcasts, especificamente sobre o assassinato de Bunny. A temporada realmente encontra seu fundamento após essas cenas quando o trio se reúne e, sem o conhecimento do detetive Williams, começa a investigar e teorizar sobre o assassinato de Bunny.

Tudo o que for dito sobre esse elenco e quão bem eles operam juntos ainda é pouco. O trio principal de Martin, Short e Gomez se encaixa como um quebra-cabeça fácil, trocando ideias e piadas à medida que a temporada avança. Gomez entrega suas falas com um sarcasmo legal que eviscera qualquer pessoa com quem ela está falando, ao mesmo tempo em que adiciona ainda mais camadas à Mabel. Steve Martin e Martin Short têm algumas cenas importantes, nas quais é apenas o par e eles são mágicos, tendo um relacionamento orgânico que faz o relacionamento dos personagens parecer ainda mais real. Todos os três protagonistas juntos fazem um rápido vai-e-vem em que os atores parecem se divertir, combinando as personalidades dos três e aumentando a aposta com travessuras mais hilárias. Gomez, em particular, consegue um enredo mais interessante que mergulha mais fundo no passado de Mabel, em que ela se destaca ao retratá-lo.

O trio principal não é o único a causar risadas. O elenco de destaque e estrelas convidadas, incluindo Tina Fey, Cara Delevigne e Amy Schumer, que são ótimas, torna a série ainda melhor. Fey está mais engraçada do que nunca, Schumer faz o que pode com tempo de tela limitado e o torna engraçado, e Delevigne é um personagem interessante que cria um vínculo com Mabel. Delevigne está entregando seu melhor trabalho nesta temporada de “Only Murders”, dando a ela a oportunidade de interpretar uma personagem que está fascinada pela arte e pelo mundo ao seu redor. Da’Vine Joy Randolph se destaca como a detetive Williams, curiosa e hilária em sua atuação.

Os personagens de “Only Murders” são tão específicos, cada qual com traços de personalidade distintos que os fazem parecer mais reais. Mabel é conhecida por ter uma boca esperta, Charles ainda está tentando viver a vida sem seu programa de TV de sucesso Brazzos, e Oliver está mais interessado em gravar o podcast para manter sua fama. Existem certas falas que funcionam tão bem com os personagens e são tornadas reais por seus atores, incluindo Charles dizendo aos festeiros: “fico nervoso ao falar com as pessoas, porque posso parecer assustador”. Os atores entendem claramente esses personagens e só são melhorados por suas entregas de linha. Cada personagem também tem seu passado para enfrentar, que é o que esta temporada faz tão bem. Ao permitir narradores diferentes em cada episódio, o mistério central fica mais em foco à medida que cada personagem descompacta sua vida, as decisões que tomou e quem poderia estar envolvido no assassinato de Bunny Folger. A mudança de narradores permite ao público mais contexto sobre quem são os personagens e o pelo que eles passaram, o que pode tornar o aspecto do assassino ainda mais difícil de descobrir, pois os dedos são apontados para pessoas diferentes ao longo da temporada. Nos oito episódios (dos dez da temporada) dados aos críticos para resenhar, o mistério dá várias voltas que o público pode não estar esperando, pois as pistas continuam se acumulando e apontando o trio para diferentes suspeitos.

Há algo a dizer sobre como a série mantém o público adivinhando ao longo da temporada enquanto injeta humor na história, contribuindo para uma experiência de visualização agradável. A temporada dá uma cobertura específica da noite em que Bunny foi assassinada, o que aumenta o mistério enquanto absolve outros do crime. Quanto mais o público avança na temporada, mais o foco se concentra nos pontos de vista de outras pessoas sobre o que aconteceu e o que poderia ter acontecido. A vida de Bunny é examinada em um episódio repleto de sequências de flashbacks que também trazem mais contexto para a vida atual do trio principal, especialmente Charles. Há um drama adicional ao trazer outras partes da vida do trio, investigando quem eles são em sua essência, enquanto destrincham cuidadosamente o passado de suas famílias. Os flashbacks nunca parecem fora de lugar ou desnecessários, mas perfeitamente adequados para os episódios em que são colocados.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” se baseia no trabalho dos personagens da primeira temporada, fornecendo ao público mais história que pode ajudá-los a descobrir o caso de seus sofás. Todo o elenco entregou um ótimo trabalho, tornando a segunda rodada da série excelente, sem cair nas armadilhas de uma queda no segundo ano. Enquanto o foco muda de personagem para personagem à medida que o mistério se aproxima de ser resolvido, nunca parece fora de lugar ou tira muito do trio principal. Para quem procura crime verdadeiro e que fornece um bálsamo com comédia, a segunda temporada de “Only Murders” foi feita para você.

“Only Murders in the Building” – segunda temporada

Por: Danielle Solzman, Solzy at the Movies

Nota: 5/5

Se você esqueceu o que aconteceu, Charles-Haden Savage (Steve Martin), Oliver Putnam (Martin Short) e Mabel Mora (Selena Gomez) eram suspeitos de matar a presidente do conselho do Arconia, Bunny Folger (Jayne Houdyshell). Por serem suspeitos, é do interesse deles não fazer uma segunda temporada de seu podcast, mas esse programa não seria o mesmo! O engraçado de voltar para uma segunda temporada é que não faltam piadas sobre sequências e segundas temporadas. Para onde quer que você olhe, há outra piada de autorreferência. Assim como na primeira temporada, não faltam risadas… ou reviravoltas. Essa é a coisa que eu amo em assistir “Only Murders”, do Hulu. Os roteiristas certamente sabem de onde vem o humor e estão fazendo um ótimo trabalho com isso.

Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez têm uma ótima química juntos. Eles realmente clicaram juntos durante a primeira temporada. Há mais desenvolvimento de personagens nesta temporada que adiciona outra camada aos seus personagens. Desta vez, Selena tem um novo interesse amoroso em Alice (Cara Delevingne). Geralmente não pega bem quando alguém entra em suas DMs depois que você foi preso e convida você para visitar sua galeria de arte. Dito isso, estou interessada em ver como as coisas se desenvolvem entre eles. Fora Cara, há outros atores fazendo participações especiais nesta temporada e aproveitando o humor de tudo isso. Eu só vou deixar assim.

A beleza desta série é que você pode terminar cada temporada com um novo assassinato e preparar as coisas para outra temporada. Claro, esta série só pode continuar por tanto tempo antes de começar a ficar obsoleta. Mas, depois de assistir a dezoito episódios, felizmente ainda não chegamos lá. Eu já toquei nas piadas de autorreferência, porém não posso enfatizar o quanto eu gosto delas. Além de nossos principais personagens, não faltam vizinhos no prédio. Não estamos apenas conhecendo as três pistas principais, mas o prédio e seus moradores são tão personagens quanto eles. Independentemente disso, “Only Murders in the Building” é uma das melhores comédias existentes no momento e continuarei acompanhando essa verdadeira série de comédia criminal.

A parte boa de lançar um episódio por semana é que “Only Murders” manterá as pessoas falando. Contudo, a desvantagem é que temos que continuar esperando. Não há como assistir tudo de uma vez. Bem, a menos que você seja do tipo que espera que tudo esteja disponível. Você faz você, é claro. Quem é o assassino? Eu tenho minhas suspeitas nos primeiros oito episódios, mas, provavelmente, é o clássico erro de direção antes de resolver o caso. Você e eu sabemos que eles não querem entregá-lo antes do final. Hulu enviou à imprensa uma boa lista de spoilers para se evitar; então, você não irá saber absolutamente nada de mim! Escrever sobre essa série é quase semelhante a escrever sobre Star Wars ou Marvel, pois você não quer estragar a experiência dos outros.

“Only Murders In The Building” permanece a perfeição absoluta em sua segunda temporada. Se você é fã de whodunits*, vai curtir a temporada. Obviamente, os fãs de Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez vão gostar do que esta temporada tem a oferecer – eu sei que sim!

Resenha da segunda temporada de “Only Murders in the Building”: Selena Gomez e o grupo de podcasting enfrentam um novo mistério

Por: Patricia Puentes, Ask

Nota: 8/10

Por mais que eu goste de mistérios aconchegantes e whodunits, muitas vezes tenho medo de sequências e segundas temporadas dos meus programas favoritos. E, mesmo que as investigações de assassinatos tendam a se prestar bem à serialização – sempre há um novo assassinato para investigar, afinal – há também a chance de que a nova parte da minha história de detetive favorita não seja tão nova, inspirada ou simplesmente garantida como quando estreou.

Depois de ter esgotado os oito episódios disponíveis para a crítica da segunda temporada de 10 episódios de “Only Murders in the Building” (OMitB), do Hulu, suspirei de alívio – também ri alto com frequência enquanto assistia à série. A segunda temporada estreia na terça-feira, 28 de junho, com dois episódios, depois vai para um lançamento semanal de um episódio. Por mais elaborada e específica que seja a premissa da série – os podcasters amadores e investigadores de assassinatos igualmente inexperientes Mabel (Selena Gomez), Charles (Steve Martin) e Oliver (Martin Short) examinam assassinatos cometidos dentro de seu prédio no Upper West Side, o Arconia – temporada dois funciona tão perfeitamente quanto a primeira. E eu gostei muito da primeira temporada de “Only Murders in the Building”.

O fato é que essa série, que foi criada por Steve Martin e John Hoffman (Grace and Frankie, Looking), encerrou não um, mas dois mistérios – as mortes de Tim Kono (Julian Cihi) e Zoe Cassidy (Olivia Reis) – no final de sua primeira temporada. No entanto, também conseguiu produzir uma terceira morte violenta: a síndica do Arconia, Bunny Folger (Jayne Houdyshell), deixando as coisas perfeitamente desatadas para um novo lote de episódios.

Bunny apareceu assassinada no apartamento de Mabel e, aparentemente, foi esfaqueada com uma das agulhas de tricô de Mabel. Quando a segunda temporada começa, a polícia está questionando não apenas a jovem, mas também seus melhores amigos e associados de podcasting, Charles e Oliver. Há muitos buracos na história de Mabel e ela é vista usando uma gola alta branca muito incriminadora – e sangrenta. Mabel, Charles e Oliver são considerados suspeitos na investigação. Eles são aconselhados a parar de gravar o podcast sobre esse crime. Mas você sabe que eles não serão capazes de resistir.

fAlém da química vencedora entre Short, Martin e Gomez, a série volta à sua fórmula de participação especial. Esta temporada possui um elenco novamente repleto de estrelas, rivalizado apenas por The Gilded Age. Da’Vine Joy Randolph retorna como Detetive Williams e usa o moletom tie-dye mais estiloso de todos. Cara Delevingne interpreta a descolada artista londrina Alice. Amy Schumer faz uma versão hilária de si mesma; ela se mudou para o antigo apartamento de Sting no Arconia. Nathan Lane retorna como o imperador dos molhos, Teddy Dimas, com James Caverly interpretando seu filho, Theo. Tina Fey é mais uma vez a rainha do podcasting, Cinda Canning. Michael Cyril Creighton e Jackie Hoffman retornam como os intrometidos residentes de Arconia, Howard e Uma. Jane Lynch repete como o dublê de Charles, Sazz. Shirley MacLaine também aparece no programa, mas ainda não posso dizer quem é a personagem dela.

Há também um novo detetive da polícia investigando nosso trio. Michael Rapaport interpreta o detetive Kreps. Ele não é exatamente amigável – ou politicamente correto. “Eu não faço podcasts”, ele diz descaradamente aos nossos protagonistas. “Eu gosto de Howard Stern. O velho Stern, antes de começar a fazer terapia e ficar todo gentrificado e tal.”

Fiquei rapidamente intrigada com a morte trágica da Bunny e amei todo o drama em torno dos diferentes moradores do Arconia, mas o humor foi mais uma vez o principal fascínio de OMitB para mim nesta temporada. Ainda é leve, sem culpa e autodepreciativo. O Oliver, de Short – um diretor de teatro falido, sedento por holofotes e um pouco delirante – foi minha perspectiva favorita. Ele teria Timothée Chalamet interpretando seu personagem em uma adaptação de streaming de 8 a 10 episódios do podcast. Ele considera carisma e desespero as hélices gêmeas do DNA de sua família. E ele ensina Charles – que está surpreso por Mabel ter uma namorada depois de namorar um cara na temporada passada – sobre como a bissexualidade é “hip” nos dias de hoje. “Nos anos 70, tive que esconder o fato de ter uma amante lésbica”, brinca Oliver. Depois, há sua piada sobre o tráfego de Nova Iorque: “A hora de pico está se aproximando e o túnel estará tão lotado quanto o cólon de Orson Welles”, diz ele. A coisa sobre esse Manhattanite é que ele realmente odeia o metrô.

Claro, ele não é o único com linhas suculentas. Charles também tem seu quinhão. “É como assistir Squid Games sem legendas”, ele diz ao descrever como se sente ao conversar com sua ex-enteada adolescente. A princípio, também não consegui entender uma palavra do que ela disse. Gomez está impecável mais uma vez como a mulher heterossexual para seus co-apresentadores cômicos, tendo não apenas que lidar com a falta de noção e boas intenções de Oliver e Charles, mas enfrentando o trauma de mais um assassinato sendo jogado em seu caminho. “Eu preciso de uma vida longe da morte! Todos nós devemos nos deixar ser um pouco chatos novamente”, ela diz a seus vizinhos e cúmplices de podcasting. Oliver, no entanto, preferia estar morto do que chato.

Se a primeira temporada teve um lado de autorreferência quando se trata de contar histórias na TV, a segunda temporada dobra isso. A série faz isso com novos detalhes específicos sobre o hobby de nossos protagonistas – como mudar para uma fórmula de assinatura para o podcast nesta temporada – mas também com retornos frequentes para a primeira temporada: os fãs estão de volta, assim como o moletom tie-dye e há até um momento em que nossos três protagonistas estão dentro do elevador do Arconia mais uma vez como quando se conheceram. Oliver até menciona os Beats vermelhos.

Como na primeira temporada, cada episódio é narrado por um personagem diferente e vários suspeitos são considerados e descartados no processo de encontrar o assassino. Todos os três protagonistas de “Only Murders in the Building” recebem um episódio que explora brevemente um momento de seu passado, mas esses flashbacks não se desviam da investigação principal – eles, de alguma forma, a informam. E a paternidade é o grande elemento temático a envolver e fundamentar esta temporada, dando-lhe algum coração em cima de todas as risadas e perguntas. Agora, se tudo isso não fez você querer conferir a nova temporada de “Only Murders in the Building”, deixe-me acrescentar uma última coisa: há uma parte cômica envolvendo essa memorável linha de Daniel Day-Lewis em “The Last of the Mohicans” e um saco cheio molhinhos grátis.

Resenha da segunda temporada de “Only Murders in the Building”

Por: Jean Henegan, Pop Culture Maniacs

Nota: 4/5

Quando comecei a assistir à segunda temporada da comédia de assassinato misterioso do Hulu, “Only Murders in the Building”, rapidamente fiquei preocupado com o fato de a série ter perdido a pegada. Não parecia a mesma da primeira temporada – que era forte, divertida, peculiar e inteligente. Em vez disso, parecia um pouco perdida – não uma grande surpresa para uma série que resolveu o mistério da primeira temporada apenas para empurrar os três personagens centrais do programa para um novo [mistério]. Precisava de tempo para construir sua nova história – mas, em vez de construir as coisas lentamente como fez na primeira temporada, a segunda temporada parecia pular direto para um novo mistério, lançar um novo (e muito chato) personagem e nos garantir que, não, Mabel, na verdade, não matou Bunny, a chefe do conselho do condomínio – apesar de ter sido encontrada segurando seu corpo ensanguentado no final da primeira temporada. Até parei de assistir por um período, triste que a série não estava prendendo meu interesse. Mas, assim que voltei para terminar os oito de dez episódios que o Hulu forneceu para a crítica, descobri que a temporada ficou progressivamente melhor e melhor – e os personagens cada vez mais ricos – à medida que continuou.

Quando seguimos com nosso heróico trio podcaster (Charles-Haden Savage, Oliver Putnam e Mabel Mora – interpretados por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, respectivamente), eles tinham acabado de resolver o assassinato de Tim Kono, descobrindo que a nova namorada de Charles, Jan (Amy Ryan), foi a culpada, apenas para ter outro assassinato jogado aos seus pés quando a já mencionada Bunny — Jayne Houdyshell, que, como vítima, tem muito mais a fazer desta vez enquanto investigamos um pouco mais profundo sobre quem era Bunny — é encontrada morta nos braços de Mabel. O trio é preso, interrogado e solto rapidamente, e decide que precisa embarcar em mais uma investigação – desta vez, para limpar seus nomes e vingar Bunny.

Vários moradores do “Arconia” que conhecemos na primeira temporada retornam de maneira hilária, e somos apresentados a vários outros — observe que Sting não é o único morador de grande nome do prédio. Também somos apresentados à Cara Delvingne como um potencial interesse amoroso de Mabel — e, cara, é um erro de elenco de eras que quase atrapalha os primeiros episódios da série; Delvingne ainda precisa provar que tem habilidades para atuar, e, quando você está em uma série que tem pesos cômicos como esta, as inadequações ficam ainda mais claras. Gomez, que percorreu um longo caminho com sua personagem nesta temporada, parece frustrada toda vez que estão em uma cena juntas e a dupla tem quase nenhuma química para arrancar. No entanto, a melhor nova adição do programa vem com Lucy, interpretada com a quantidade certa de coragem juvenil e conhecimento enrugado por Zoe Colletti, a filha agora adolescente de uma das ex-namoradas de Charles (você deve se lembrar que Charles tentou se reconectar na última temporada). Ela retorna à vida de Charles e insere algo especial – e Colletti se encaixa nesse elenco lindamente, fazendo Lucy se sentir como um elemento-chave da série que está lá desde o primeiro dia. E, em uma reviravolta divertida no conceito “Mabel pensa que Charles e Oliver são relíquias”, Mabel rapidamente percebe que as sensibilidades da geração Z de Lucy estão muito distantes de sua própria millennialidade e que não importa o quanto ela tente, Lucy não a verá como tão descolada.

Contudo, está temporada não depende tanto da estrutura do podcast – enquanto o trio ainda está lançando episódios, recebemos check-ins de seus superfãs periodicamente, que nos atualizam sobre o que o podcast está dizendo, já que raramente conseguimos ouvir qualquer coisa dele; eles estão muito mais preocupados em limpar seus nomes em tempo real e menos em gastar tempo para gravar para nós vermos – e mergulhamos mais profundamente nos personagens coadjuvantes do que na primeira temporada; há alguns detalhes interessantes sobre nossa vítima, Bunny, assim como Howard, o homem com a gata que escapou, e Lester, o porteiro, que passa algum tempo importante ao lado do novo presidente do conselho do condomínio quando um apagão atinge a cidade de Nova Iorque. Se você está assistindo à série apenas para ver Short e Martin atuarem um com o outro, você pode achar menos proveitoso desta vez. Mas, se você é como eu e está ansioso para ver como esse universo em particular pode se expandir à medida que passamos mais tempo nele, essas pequenas diversões — não se preocupe, o trio ainda está na frente e no centro de quase todos os episódios — servem apenas para melhorar a série e torná-la ainda mais interessante. À medida que a temporada se desenvolve e o mistério vem à tona, há risadas mais do que suficientes para acompanhar o suspense.

Um dos maiores sucessos do ano passado, “Only Murders in the Building” tem muito o que fazer desta vez. Embora não esteja perfeita, vale a pena outra viagem com esses personagens malucos. As performances são mais profundas, os personagens estão mais fortes e o mistério pode ser um pouco menos interessante, mas ainda é uma experiência de TV imperdível.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” ainda arrasa

Por: Neely Swanson, Easy Reader California

A segunda temporada da série original do Hulu, “Only Murders in the Building”, parte de onde a primeira temporada terminou com nosso trio desapontados por serem acusados de um novo assassinato. Não será fácil para Charles, o ex-ator, Oliver, o diretor fracassado, e Mabel, sua companheira de crime muito mais jovem, limparem seus nomes no assassinato de Tim Kono e encontrar espectadores com seu podcast semi-bem-sucedido de “assassinato”, mas agora eles estão imersos em outro.

Mabel retornando ao que é agora seu próprio apartamento no Arconia, abre a porta para uma cena de crime muito vívida – Bunny Folger, a síndica do Arconia, esfaqueada até a morte no chão. Mabel e os meninos são os principais suspeitos por várias razões e a polícia realiza um interrogatório completo. Nosso corajoso trio deve resolver esse assassinato para limpar seus nomes.

O caso da morte de Bunny traz váriOito dos dez episódios iniciais foram fornecidos e é um prazer informar que o charme ainda está presente. Steve Martin como Charles ainda é, misericordiosamente, subjugado e recebe um novo arco de história para viver. Seu ex-personagem de televisão, Brazos, será ressuscitado e ele recebeu o papel, não como protagonista, mas como coadjuvante. Desta vez, o procedimento policial se concentra em sua sobrinha e, para marginalizá-lo ainda mais, o escritor relegou seu personagem a uma cadeira de rodas em um cenário “just-in-case”. Esse “just-in-case” permitirá que o estúdio o demita se ele for condenado pelo assassinato de Bunny. É um lembrete não muito sutil de como atores de uma certa idade — geralmente mulheres, mas ocasionalmente homens — são relegados à margem quando atingem um número mágico (e esse número pode variar). Oliver tem mais tempo para explorar seu relacionamento com seu filho, o que é ameaçado quando os resultados do projeto de árvore genealógica da escola de seu neto revelam informações perturbadoras. E Mabel consegue um interesse amoroso. O caso da morte de Bunny traz vários suspeitos e alguns momentos desconfortáveis ​​para todos. Mas, isso é, principalmente, divertido: diversão para os atores e diversão para os espectadores.

Somando-se ao caos estão alguns dos atores convidados, com Amy Schumer como uma nova proprietária no Arconia, Michael Rapaport como o policial frustrado encarregado de entrevistar nossos destemidos e não muito brilhantes podcasters, o hilário Jackie Hoffman como um vizinho intrometido e ganancioso tentando roubar uma pintura valiosa do apartamento de Bunny, e a temível Jayne Houdyshell como Bunny. A vencedora do prêmio Tony Houdyshell pode ser vista no momento em The Music Man on Broadway, no qual, em seu papel indicado ao Tony como a esposa do prefeito, ela rouba tudo, menos os adereços. Ela é vista muito pouco nas telas grandes e pequenas. E, em um verdadeiro golpe de misericórdia, Shirley MacLaine aparece em um papel surpreendente. Então prepare-se para mais sorrisos.

Crítica de “Only Murders in the Building”: a segunda temporada não para de acertar; essa é a questão

Por: Adam Rosenberg, Mashable

“Only Murders in the Building” se desfaz repetidamente na segunda temporada. O quarteto de superfãs que foram apresentados na primeira temporada de “Only Murders”, do Hulu, está de volta em forma de uma espécie de coro grego, comentando os eventos da história até agora. A versão que eles conhecem é, claro, derivada do que eles ouvem no podcast homônimo do programa no universo. Porém, eles também podem estar piscando exageradamente para a câmera após cada linha, porque, com certeza, parece que eles estão falando sobre a própria série do Hulu também. Os superfãs são um grupo muito mais crítico desta vez. “Finalmente algum progresso na história”, um membro murmura baixinho para o grupo no meio do quinto episódio. O comentário instantaneamente desencadeia uma rodada de queixas mútuas sobre o ritmo e os fios da trama pendentes. Eles também podem estar lendo as palavras do meu bloco de notas digital, porque compartilho suas preocupações.

Os primeiros oito episódios de um total de 10 fornecidos para a crítica desenvolvem o mistério central da temporada em um ritmo glacial. Esse mistério não precisa de introdução se você assistiu à primeira temporada na íntegra: o podcast OMITB (vocalizado como “omit-b” pelos fãs reais) apresenta Mabel Mora (Selena Gomez), Charles Haden-Savage (Steve Martin) e Oliver Putnam (Martin Short) presos pelo assassinato de Bunny (Jayne Houdyshell), a presidente desbocada e mal-humorada do conselho do Arconia.

As consequências da morte de Bunny aparecem em todos os momentos da 2ª temporada até certo ponto, mas uma visão recém-diminuída do mundo amplia nossa compreensão dos personagens que o habitam. Esse não é um desenvolvimento totalmente indesejável, mas fala das lutas que eu e o “refrão de superfãs” tivemos com a temporada.

Por razões que ainda não estão claras nos oito episódios, parece que há muita coisa acontecendo. Os tópicos da trama que parecem importantes no momento são deixados pendurados como pistas falsas inúteis e que desperdiçam tempo, à medida que os episódios subsequentes giram e desviam em outras direções. Temas que parecem centrais para a história que está sendo contada em um momento desapareceram em segundo plano no momento em que o próximo capítulo começa.

É um caos total, mesmo que os desvios recorrentes na exposição dos personagens não sejam inerentemente ruins. A própria Bunny é o foco de todo um episódio inicial, e é um dos melhores da temporada até agora. Chegamos a entender como a maldade que ela lança em seus moradores menos do que favoritos do Arconia é apenas uma parte de uma personalidade complexa. Bunny, ao que parece, dificilmente é a malvada unidimensional que conhecemos na 1ª temporada.

Isso é bom, revelando o contexto sobre um personagem-chave e aquele que influencia diretamente no mistério contínuo da segunda temporada. Em uma temporada menos confusa, seria um desvio temporário perfeitamente adequado da trama atual. Contudo, nosso mergulho na história de Bunny é uma exceção, visto que todos os outros episódios saltam entre subtramas sobre subtramas, muitas das quais se concentram em personagens que ainda parecem separados do mistério central após oito episódios. “Only Murders” parece fundamentalmente mais confusa na segunda temporada. Estamos aprendendo mais sobre os anfitriões do OMITB; estamos aprendendo sobre seus vários vizinhos; e estamos conhecendo uma série de recém-chegados ao lado do resto. É uma grande coisa do ponto de vista das pessoas. Mas, muitas vezes, essa abordagem de personagem deixa o mistério e, por consequência, o enigma que tentamos resolver acaba definhando.

Não é um problema com as performances. O trio principal de verdadeiros apresentadores de podcast e amantes do crime é tão delicioso quanto na 1ª temporada, como seria de esperar. Martin e Short são, bem, Martin e Short, e Gomez continua a se introduzir sem esforço nos espaços entre as piadas dignas de suas duas co-estrelas da comédia como uma jovem de língua afiada que brinca e amorosamente os despeça por serem sentimentais e bregas.

Os outros rostos familiares da primeira temporada também são uma visão bem-vinda. Eu já falei sobre Houdyshell, que tem muito mais material interessante para trabalhar desta vez, mesmo que seu personagem esteja morto. O zeloso amante de gatos de Michael Cyril Creighton, Howard Morris, também é um elo importante da 2ª temporada graças a uma subtrama de chegada tardia envolvendo um novo vizinho e cantando junto com um clássico da música pop dos anos 1960. Esses dois dificilmente são os únicos exemplos de favoritos que retornam ganhando mais tempo no centro das atenções, e eles se juntam a recém-chegados, como a Alice (Cara Delevingne), uma artista boêmia moderna, importante participante da cena artística de Nova Iorque e grande fã do podcast OMITB que se interessou por Mabel. A princípio, parece que ela está pronta para desempenhar um papel importante na história; então ela desaparece em grande parte no cenário.

É difícil falar sobre qualquer uma dessas pessoas em detalhes neste momento, já que não consigo diferenciar entre peculiaridades inócuas de personagens e possíveis spoilers. Grande parte da segunda temporada ainda está envolta em sigilo, a ponto de eu não conseguir encontrar um crédito de ator para pelo menos um que seja significativo na história, porque a presença destes, aparentemente, é uma surpresa. Eu não diria que o mistério central é uma total falta de precisão. Cada episódio é fundamentalmente conduzido por Mabel, Charles e Oliver enquanto eles procuram pistas e evidências que possam livrá-los de serem “suspeitos” no assassinato de Bunny e ajudá-los a encontrar o verdadeiro assassino. O foco pesado em subtramas e personagens secundários tende a girar em torno das descobertas do trio principal de uma forma ou de outra a cada passo, mas há muito pouco que se conecta de maneira coerente.

Essa é a principal razão pela qual a segunda temporada parece tão dispersa. O primeiro episódio começa com um lembrete da popularidade do OMITB como podcast, e a fama que mudou a vida que trouxe para nossas três estrelas. Charles e Oliver estão vendo o sucesso recém-descoberto em carreiras que deram errado quando os conhecemos. E a fama é o que leva Mabel à Alice e à fortuna profissional e pessoal que Alice representa (sem spoilers).

Esse ponto de partida cria a sensação de que Only Murders está usando a segunda temporada para apresentar seu “whodunit” contra o pano de fundo temático da celebridade sendo uma faca de dois gumes. Especialmente com a superestrela do podcast Cinda Canning (Tina Fey) de volta e em uma missão para provar que os apresentadores do OMITB estão por trás do assassinato de Bunny, seja ou não verdade. Todavia, tanto a intenção temática quanto a narrativa tornam-se cada vez mais confusas à medida que novos episódios exploram outras ideias. Passei muito tempo ponderando por que a temporada é uma narrativa desorganizada, e isso me levou a uma percepção inesperada: esse pode ser o intuito. Embora seja perfeitamente possível que o diálogo dos fãs seja o produto de uma sala de roteiristas entediada e uma equipe criativa que não viu a necessidade de continuar a história da primeira temporada além de receber outro salário; é uma leitura que não combina com a realidade. A primeira temporada claramente nos preparou para mais. Não é nem uma pergunta. Mas, ao longo deste segundo lote de episódios, o programa usa repetidamente o recurso do coro grego dos superfãs para apontar um dedo para os desafios inerentes de seguir uma história grande, popular e amada. Sim, eles estão tecnicamente falando sobre o podcast. Mas o duplo sentido é inconfundível.

Martin e o co-criador John Hoffman terão, realmente, que se movimentarem para fazer tudo funcionar no final. Eles mais do que ganharam com o benefício da dúvida. A primeira temporada fala por si mesma, e o reconhecimento consciente recorrente da segunda temporada de suas próprias falhas aparentes é óbvio a ponto de ser suspeito.

“Only Murders in the Building” está tramando algo em sua segunda temporada, isso está claro. Está mais bagunçada e dispersa do que antes. Ainda estou tendo dificuldade em definir para onde o mistério central está indo e o que ele está tentando dizer. Mas estou, sem dúvida, completamente entretido e à espera de mais. Então, independentemente do que realmente está acontecendo aqui, definitivamente está funcionando.

A segunda temporada de “Only Murders in the Building” traz uma comédia brikhante e charme para um novo mistério

Por: Allison Keene, Paste Magazine

Nota: 8.9/10

Certamente foi uma surpresa que um dos programas de TV mais aconchegantes e alegres de 2021 tenha sido um mistério de assassinato em Nova Iorque, estrelado por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez. Foi essencialmente um jogo de palavras que ninguém poderia prever e que acabou preenchendo as lacunas de gênero e geração para uma temporada de abertura estelar. Poderia ter sido sua única temporada também, mas uma reviravolta final e um cliffhanger imploravam por mais. O Hulu agradeceu e agora, menos de um ano depois, a peculiar e estranhamente caprichosa “Only Murders in the Building” está retornando para uma segunda rodada de 10 episódios. Como a primeira, a série é enquadrada por seu podcast autorreferencial; mas, diferentemente da primeira temporada, o próprio grupo foi enquadrado: como assassinos. No final da 1ª temporada, depois de resolver o assassinato de Tim Kono, as comemorações do trio foram interrompidas quando Mabel (Gomez) retornou ao seu apartamento apenas para encontrar a presidente do conselho do Arconia, Bunny (Jayne Houdyshell), esfaqueada até a morte com uma faca, ou melhor, gulha de tricô. Coberta de sangue e algemada, Mabel não é a única implicada, seus companheiros Charles (Martin) e Oliver (Short) também são suspeitos.

A nova temporada se estabelece imediatamente; embora, dada a falta de evidências reais, os três são finalmente liberados e encorajados a passar pelos assassinatos neste prédio (ou em outro lugar). No entanto, parece claro que o verdadeiro assassino está brincando com eles e, uma vez que a apresentadora de podcast Cinda Canning (Tina Fey) começa sua própria série que busca difamar seus rivais, Mabel, Charles e Oliver não têm escolha a não ser tentar resolver o assassinato para limparem seus nomes. Além disso, eles são muito bons em resolver crimes. Sem a necessidade de apresentar os protagonistas e configurar seu podcast desta vez, “Only Murders” pode ir direto ao negócio de solução de crimes. E, ainda assim, não. Os três têm outras coisas acontecendo que exigem sua atenção, incluindo passados ​​que continuam a assombrá-los, e os primeiros episódios levam a alguns desvios para introduzir novos personagens em suas vidas, tanto no prédio quanto fora dele. Como tal, os primeiros episódios serpenteiam um pouco, mas no episódio 4 voltamos aos negócios; na verdadeira meta-tradição da primeira temporada, os uber-fans do grupo comentam isso em tempo real: “finalmente, algum progresso!”.

Um dos desvios é particularmente apreciado, que é um episódio completo dedicado à própria miserável Bunny. Como “Only Murders” é muito boa em fazer, descobrimos que talvez Bunny nem sempre tenha sido tão infeliz e, de fato, talvez nem tenha sido tão ruim durante sua sindicância como presidente do conselho. Mais importante, trata a vítima do crime com cuidado o suficiente para não a tornar uma piada; desta forma e de outras, a série continua a andar sob uma corda bamba admirável que lhe permite ser uma série de crime convincente e uma comédia fantástica. E os elementos cômicos, mais uma vez, absolutamente brilham com alegria. Steve Martin continua sendo o destaque, usando tanto o humor físico amplo quanto a compaixão para entregar algumas das falas mais memoráveis ​​da nova temporada. Falando nisso, Martin e Short animadamente falando sobre suas memórias de assistir às audiências Irã-Contras é o momento favorito de todos os tempos agora. O relacionamento entre os três atores principais está melhor do que nunca desta vez, e ainda mais confortável; eles estão sempre no seu melhor quando estão juntos. A 2ª temporada também expande um pouco mais suas histórias pessoais, especialmente o novo relacionamento de Mabel com uma artista (Cara Delevingne), mas com raras exceções, sempre que uma nova pessoa entra em cena, nunca funciona tão bem quanto quando o trio principal está investigando, brigando ou saindo por conta própria.

Dito isto, enquanto os recém-chegados (que eu não vou estragar) são um pouco imprevisíveis, o programa também traz de volta alguns rostos familiares da primeira temporada de maneiras surpreendentes. Por causa disso e de outras conexões pequenas, mas notáveis, a segunda temporada de “Only Murders” parece mais uma continuação perfeita de sua primeira do que um caso totalmente novo, que, junto com os incríveis suéteres, casacos e jaquetas esportiva, concede uma sensação acolhedora e familiar. Essencialmente, tudo o que você amou na primeira temporada ainda está totalmente intacto aqui e, embora não seja perfeito, ainda é um charme e tanto.

Embora o Hulu tenha fornecido à imprensa oito episódios para exibição, parei depois de cinco. A excitação semanal de antecipar um novo episódio de “Only Murders in the Building” não é algo que eu queria perder completamente, a resenha que se dane. Então, embora talvez as coisas de alguma forma saiam dos trilhos nos poucos episódios que decidi salvar ou, talvez, tudo alcance uma nova transcendência cômica, estou ansioso para esperar e descobrir. “Em tempo real! Nós inventamos esse formato, certo?”, Oliver pergunta. Mabel responde: “O formato em que lançamos um podcast sobre crimes reais antes mesmo de ter uma história, um final ou até mesmo um crime? Sim, somos todos nós”.

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