Selena é a capa da edição de novembro da revista FLARE Fashion. A cantora concedeu uma entrevista muito interessante para eles na qual fala sobre Tinder, Taylor Swift e mais. Leia e assista ao vídeo dos bastidores da sessão de fotos abaixo:
Algumas estrelas do pop faz com que você queira cuidar delas tanto quanto a Selena faz. É sua adorável face em forma de coração, o jeito que ela as vezes chora no meio das performances, quase uma década de fotos de paparazzi nas quais ela está tentando chegar a seu carro, gente, além de um doce e tumultuado relacionamento escancarado na era das redes sociais. Um lindo passarinho preso na tempestade. É assim que eu a imaginava.
Estava errado. Depois de conversar com a cantora, atriz e embaixadora da Pantene de 23 anos, não tive dúvidas: Gomez está no controle. Com uma voz que soa profunda e rica como um vinho antigo e um ótimo senso de quem ela é, Selena me conta que está lutando duro para ser reconhecida por suas conquistas e não por seu famoso ex, cujo qual nenhuma de nós mencionou pelo nome. Ela também disse que no ano passado assinou com uma nova gravadora (Interscope) e empresário, fez cinco filme (incluindo The Revised Fundamentals of Caregiving com Paul Rudd e The Big Short com Brad Pitt) e, pela primeira vez, foi produtora executiva de seu próprio álbum. Revival (Universal, 9 de out.), um álbum R&B, rap e pop lotado de colaboradores poderosos como A$AP Rocky e Charli XCX, é seu álbum mais sobressalente e emocionalmente cru até hoje. Sem remorso, poderosa, sedutora e—sim—vulnerável, reflete, como Gomez me disse, quem ela é agora.
Você recentemente tweetou que está despontada com entrevistas que são basicamente as mesmas comparadas com as que você fez quando tinha 16—que você queria que a mídia falasse mais sobre quem você é agora. Então, quem é você agora?
Essa têm sido uma temporada de transição para mim, pessoalmente e na minha carreira. Tive múltiplas revelações e grandes conquistas na minha vida: uma nova gravadora e uma nova equipe; tenho ido mais a academia e focado mais na minha música; e eu pude fazer alguns filmes. Eu estava realmente lutando por essa transição. Então, foi frustrante ver como a mídia estava me retratando; era difamação do meu caráter. Sou nova: vivi minha vida no olho do público, e tive que descobrir como fazer isso. Agora, tenho 23 e estou tentando entender minha vida. Me sinto confiante, poderosa e no controle.
Você saiu da sua persona da Disney alguns anos atrás com Spring Breakers. Você ainda sente que é difícil fazer com que o público entenda que você é uma artista adulta agora?
Eu acho que as pessoas estão crescendo comigo, na verdade. Obviamente, tem momento que as pessoas me vêem fazendo algo diferente e não estão acostumadas com isso, mas, finalmente, não tenho mais 16 anos. Sou uma jovem mulher, estou crescendo e tentando fazer isso de maneira que eu me sinta confortável.
Parece mesmo que você tomou as rédias da sua vida esse ano. Qual foi umas das decisões que você tomou?
Eu acabei de assinar com a Interscope Records. [Gomez terminou um contrato de sete anos com a Hollywood Records, a divisão pop do Disney Music Group.] E houve esse grande momento para mim quando estávamos no estúdio alguns meses atrás, e todo mundo realmente se sentiu muito bem com as músicas, mas eu não—não achava que tinha achado o coração do álbum. Então eu perguntei se podia ser a produtora executiva, e eu não sabia o que eles iriam dizer, mas eles gostaram da direção musical e acreditaram em mim. Foi um grande negócio, porque eles estavam trabalhando comigo com a intenção de me formar, me moldar. Agora que o álbum está pronto, eu olho para ele e fico ansiosa que foi tudo eu. Foi tudo escolha minha.
Qual era sua visão para Revival?
Eu queria fazer um álbum—eu não queria apenas fazer milhões de singles—e eu queria que fosse rico em emoções. Os títulos das músicas falam de onde estou em minha vida: Uma é chamada “Kill Em With Kindness”; a outra “Rise,” que é sobre a vida, sobre tudo o que eu passei; outra “Survivors.” E o título do álbum saiu de um momento que passei no México. Levei alguns produtores para lá porque eu queria tirar todo mundo de seu ambiente em LA. Enquanto estávamos fora, estava sendo criticada [pela mídia] porque tinha ganhado peso. Fiquei muito triste quando descobri que essas coisas estavam acontecendo, e foi aí que pensei, “Estou muito cansada de sentir como se eu estivesse sendo puxada para baixo.” “Revival” é a primeira música do álbum, e as primeiras linhas são “I feel like I’ve awakened—the chains around me are finally breaking.” (Sinto que acordei–as correntes envolta de mim estão finalmente quebrando).
Ouvi algumas das músicas ontem, e notei que tem um balanço real entre força e vulnerabilidade.
Isso significa muito para mim. Não sou a melhor cantora—tipo, eu sei que não sou Céline Dion. Desde que tinha 16 anos, tenho esse registo de voz mais grave, o que eu achava que era uma voz muito masculina, e era insegura sobre isso. Mas assim que eu comecei a atuar mais, percebi que era uma habilidade, e eu não queria me forçar para conseguir atingir a nota mais alta. Minha força é transmitir emoções, porque sou uma pessoa muito livre. Senti muita coisa nos últimos dois anos, de estar super apaixonada e depois lidar com coisas até ficar mais velha e todas essas lindas experiências que era complicadas e excitantes. É assim que eu queria que o álbum fosse.
O videoclipe de “Good for You” é definitivamente sexy, e a capa do álbum é também. [No vídeo, Gomez se contorce em várias superfícies, primeiro em um roupão de seda, depois com uma calça de tamanho grande e depois no banho, gravada do ombro para cima. É forte, mas saboroso.] Isso é algo que vem naturalmente para você, ou isso faz com que você saia da sua zona de conforto?
Eu tenho minha própria definição para o que eu acho que bonita e sexy é. Por isso que, no vídeo, eu não usei lingerie e não tive nenhum homem nele. É uma mulher nesses momentos nu e cru; é vulnerável, e isso é sexy. Sou inspirada por mulheres que conseguem ser elas mesmas—tipo, tudo de si. Sinto que esse é o lugar que estou. Não vou sentar e promover algo que eu não me importo ou que fala sobre algo que eu não quero dizer.
Muitas das coisas que você fala sobre—sobre poder e ser você mesma—me faz pensar sobre o movimento de amizade acontecendo agora. Eu sei que você é amiga da Taylor Swift, e parece que ela e as outras jovens, famosas mulheres estão celebrando interação feminina, colocando suas opiniões e geralmente aceitam menos besteira.
Espero que aconteça mais e mais! Um monte de mulheres que eu admiro estão apoiando umas as outras, e Taylor tem uma linda forma de colocar pessoas juntas. Isso foi bom para mim, porque quanto mais eu trabalhava, mais desconfortável eu ficava. Eu não confiava nas pessoas, Taylor tem uma maneira de esquecer tudo e apenas ser humana. Eu amo isso.
Estava assistindo um vídeo em algum canal de entretenimento outro dia, onde tinham 100 pessoas te seguindo enquanto você tentava entrar no seu carro. Deve ser difícil se manter aberta.
Não quando estou em um estúdio ou set de filmagem. Eu me sinto muito segura, e eu acho que isso é provavelmente o porque de eu ser apaixonada pelo o que faço. E quando estou com meus amigos, eu faço jantares ou festas na minha casa; não é como se eu fosse uma completa eremita. Eu apenas não me doo a ninguém; eu não confio tanto quanto gostaria, mas está tudo bem. É algo para se trabalhar.
Como namorar funciona quando você é Selena Gomez? Não é como se você pudesse entrar no Tinder.
Nunca entraria no Tinder! Eu acho que me assustaria. Eu vou em encontros. Não é tão difícil—eu sou uma jovem legal [risos]—mas esse não é meu foco. Estou muito feliz por estar comigo mesma agora.
Se você pudesse apertar um botão e fazer com que a fama fosse embora, o que você faria?
Eu iria estudar culinária and aprender como ser uma chefe. Estive em volta de comida minha vida inteira. Sou do sul. A parte da família da minha mãe fazia casseroles, o frango, abóbora, e a parte do meu pai fazia de tudo, tipo horas na cozinha fazendo tamales, arroz, feijão, salsa caseira, e eu pensava tipo “Não podemos comprar a salsa?”
Você recentemente comprou sua casa, e eu li que você mora com outras pessoas. Como é a dinâmica da casa?
É incrível. Uma das meninas é corretora de imóveis e a outra trabalha para uma companhia de mídia social, então estão sempre eu seus computadores. Tem café, conversa, brigas, ficamos acordadas a noite toda e conversamos. Se eu tenho tempo sozinha, eu vou escutar música, dançar, tomar Red Bull ou algo do tipo, tipo ir na balada só que na minha própria casa.
Você tem 134 milhões de seguidores—o que você mais quer fazer com essa influência?
Essa é a idéia do álbum. Fiquei muito desapontada quando vi as coberturas dos tabloides sobre mim porque minha intenção nunca foi decepcionar meus fãs. Eu respeito todo mundo que encontrei em toda a minha vida. Então agora que eu tenho essa influência, eu não quero ser apenas um nome. Eu não quero ser alguém que você apenas segue no Instagram que, tipo, posta fotos decentes com 500 filtros. Eu quero que as pessoas sejam inspiradas, que acreditem que possam fazer tudo o que querem.
Você mencionou na primavera que as pessoas no Instagram estavam sendo duras com você por ter ganhado peso. E eu admiro a forma que você lidou com isso, que foi postando uma outra foto com a hashtag #temmaisparaseamar. Você sente que as redes sociais te dão mais ou menos controle sobre sua imagem?
Mais controle. Porque essas publicações são muito intencionais. Eu não quero que eles vençam. Não é justo eles tentarem controlar minha vida. Sim, eu sou insegura as vezes, mas todo mundo é. Sim, eu cometo erros, mas todo mundo comete. Fico um pouco chateada—não chateada, mas apenas impulsiva—sobre isso. Eu quero ser ouvida, e não quero que as pessoas vejam esses comentários e pensem que elas podem colocar os outros para baixo, porque não é certo.
Que conselho você daria para meninas que estão crescendo com as redes sociais?
“Não é real.” Nada disso é real, nem mesmo os comentários. É especialmente difícil para as mulheres e meninas, que acham que elas tem que ficar igual essas fotos; isso quebra o meu coração. Eu sei que postou fotos nas quais me sinto bem ou estou bem com uma roupa, mas na realidade, eu não vou estar posando assim enquanto estou andando na rua, e você pode procurar no Google fotos horríveis minhas. Você pode encontrá-las em qualquer lugar. Eu não me importo. Mídia social é um lugar para se divertir e colocar sua perspectiva online.
No Twitter, você é aberta sobre ir à igreja e ser religiosa. Estamos em um momento cultural no qual não é necessariamente “legal” ir à igreja e eu penso como deve ser isso.
Eu respeito todas as religiões e encorajo as pessoas a ter um poder maior, como quer que eles sintam, porque é lindo ter um relacionamento, nesse caso com o Senhor. Então sempre fui aberta sobre isso.
Como sua fé influencia suas escolhas na carreira?
Eu tenho compaixão, perdão, entendimento, e essa é a minha vida—é assim que eu escolhi viver. Nunca me arrependi das escolhas que fiz, o que tenho orgulho de dizer.