Postagem por:
Samuel Rodrigues
20 jul.2022

No final de 2021, foi anunciado o contrato de parceria de Selena Gomez com a TelevisaUnivision, corporação de mídia mexicano-americana anteriormente denominada Univision Communications. A estrela assinou com a empresa, que detém a rede americana de transmissão de língua espanhola Univision, para a função de produtora executiva da série documental intitulada “Mi Vecino, El Carter”, que estreia no serviço de streaming pago da companhia, o ViX+, nesta quinta-feira (21).

O documentário, baseado em fatos reais, narra a história de como um assassinato misterioso de um ex-advogado desencadeou importantes descobertas sobre operações de cartéis de drogas mexicanos.

Confira, abaixo, o trailer da obra e a notícia sobre o episódio que deixou Juan Guerrero Chapa morto em 2013, chocou a pequena cidade do Texas e seus cidadãos na época e inspirou o desenvolvimento do seriado criminal:

Um advogado mexicano de um cartel de drogas que foi morto por um assassino mascarado em Southlake Town Square em 2013 foi avisado antes do incidente que ele corria perigo, de acordo com arquivos do tribunal. Juan Jesus Guerrero Chapa recebeu telefonemas de “outros” avisando-o de que estava sendo perseguido e que “precisava estar em alerta”, afirmou o procurador assistente dos EUA, Joshua T. Burgess, em documentos judiciais apresentados na segunda-feira.

Os documentos não esclareceram quando as ligações foram feitas. Burgess está pedindo a um juiz que permita que as informações sobre o medo de Guerrero Chapa por sua vida sejam admitidas como evidência no próximo julgamento de três homens acusados de rastreá-lo e persegui-lo.

Guerrero Chapa, 43, foi morto pouco antes das 19h em 22 de maio de 2013, no centro comercial suburbano. Um Toyota Sequoia branco parou atrás de seu Range Rover e um atirador mascarado saiu. O atirador caminhou até o lado do passageiro onde Guerrero Chapa estava sentado e atirou nele várias vezes com uma pistola 9 mm. Sua esposa, que estava colocando sacolas de compras no veículo, saiu sem ferimentos.

A trama para assassinar Guerrero Chapa começou em março de 2011, pouco antes de ele fechar contrato de uma casa de US$ 1,2 milhão em Southlake, segundo novos documentos judiciais. Chefe do cartel do Golfo, Osiel Cárdenas Guillén era um informante para as autoridades policiais estadunidenses.

Cárdenas está cumprindo uma sentença de 25 anos em uma prisão dos EUA. Guerrero Chapa recebeu ligações de “outros para avisá-lo de que estava em perigo, porque havia sido encontrado por pessoas que queriam matá-lo”, disse Burgess nos documentos. “Imediatamente depois de desligar o telefone, ele informou à esposa que estava com medo”, discorre o documento. “Ele também disse a ela que não queria voltar para a casa”, finaliza.

Guerrero Chapa disse à esposa que as pessoas que o procuravam sabiam onde moravam. “Ele a instruiu a parar de usar os telefones celulares que eles tinham”, reiterou o processo judicial. Guerrero Chapa usava quatro celulares na época.

Os réus, três mexicanos, foram a julgamento em 25 de abril de 2016 em Fort Worth. Jesus Gerardo Ledezma-Cepeda e seu filho, Jesus Gerardo Ledezma-Campano Jr., 32, foram presos em setembro de 2014 próximo a McAllen enquanto tentavam atravessar para os EUA, disseram autoridades. Eles eram ex-policiais do mesmo subúrbio de Monterrey, no México, de onde Guerrero Chapa e sua família eram.

O primo de Ledezma-Cepeda, Jose Luis Cepeda-Cortes, 59, residente legal nos EUA com green card, foi preso em sua casa em Edimburgo. Eles foram acusados ​​de perseguição interestadual, resultando em morte e conspiração para cometer assassinato por aluguel.

Três outros foram denunciados ​​em acusações seladas, uma vez que continuam foragidos. Não está claro que papel eles teriam desempenhado no assassinato. Os assassinos não foram publicamente identificados ou acusados. Outra pessoa, que está ligada a traficantes de drogas, tentou deportar Guerrero Chapa para o México para que ele pudesse ser morto lá, disse Burgess em outro processo judicial. Luis Lauro Ramirez-Bautista esteve envolvido na busca por Guerrero Chapa e ajudou a financiar o plano, disse o promotor.

Entre novembro de 2012 e janeiro de 2013, um traficante de drogas de Ramirez-Bautista se encontrou com Ledezma-Cepeda quatro vezes e lhe pagou um total de US$ 38 mil, disse Burgess. Quando ele foi parado na fronteira entre México e EUA em março de 2011, Ramirez-Bautista disse a um agente de fronteira dos EUA que estava procurando por Guerrero Chapa.

“Ele tinha fotos da casa de Guerrero Chapa e disse à HSI [Investigações de Segurança Interna] que Guerrero Chapa era um traficante de drogas”, disse Burgess no processo judicial. “E ele disse às autoridades que Chapa deveria ser deportado para o México”. Essas declarações foram projetadas para “conseguir a assistência do governo para devolver Chapa ao México para que Ramirez-Bautista e outros pudessem matá-lo”, disse Burgess.

O assassinato de Guerrero Chapa foi uma operação secreta sofisticada dirigida por assassinos, que usaram câmeras de vigilância e dispositivos de rastreamento para perseguir sua vítima. Os suspeitos fizeram várias viagens através da fronteira para o norte do Texas para perseguir Guerrero Chapa enquanto moravam em um apartamento alugado em Grapevine, revelaram as autoridades. Eles usaram pelo menos oito carros alugados e comprados. Uma câmera instalada em seu bairro capturou Guerrero Chapa dirigindo seu Range Rover, que também tinha um dispositivo de rastreamento conectado embaixo. As câmeras também foram apontadas para a casa da vítima, disseram autoridades.

Ledezma-Cepeda e seu filho, Ledezma-Campano, tinham três dispositivos de rastreamento de vigilância em seu Volkswagen Jetta 2012 quando foram presos tentando reentrar nos EUA em 2014, mostram registros do tribunal. Autoridades governamentais ligaram os réus a pelo menos nove outros homens que foram assassinados ou desapareceram no México de 2011 a 2014.

Alguns dos homens assassinados tinham dispositivos de rastreamento inseridos em seus veículos pelos réus, disseram promotores em documentos judiciais. Outros foram citados nos e-mails dos réus, conforme mostraram os registros. Recentemente, Moises Tijerina De La Garza foi morto a tiros em Monterrey, México, em 23 de fevereiro de 2016, segundo documentos judiciais. Suas informações de contato foram encontradas nos e-mails de Ledezma-Cepeda, mostram os registros. De La Garza era cunhado de Guerrero Chapa, informou a KXAS-TV (NBC 5). A defesa planeja chamar cerca de 60 testemunhas, incluindo agentes federais que podem testemunhar sobre as “atividades ilegais” de Guerrero Chapa de quando ele era um informante dos EUA, mostram os registros do tribunal.

Algumas testemunhas de defesa vão depor sobre como a família de Guerrero Chapa foi sequestrada e depois libertada com base em um acordo com “organizações mexicanas de narcotráfico”.

Texto: The Dallas Morning News

Tradução e adaptação: Samuel Rodrigues

Comments

comments

Siga o Twitter do site para receber
novidades sobre Selena em tempo real
Na nossa página do Facebook, você também
não perde novidades sobre Selena. Curta!
Siga-nos no Instagram para fotos, vídeos e
entretenimento sobre Selena e o site
Web status
Criação e desenvolvimento por LIVZZLE e Lannie.D
© 2020 - Selena Gomez Brasil