Enquanto estava em Paris no último mês para divulgar seu novo álbum, Revival, Selena Gomez concedeu uma entrevista para o site Charts in France. Confira, a seguir, a entrevista completa e traduzida:

Dez minutos. Este foi o tempo que nos foi dado para entrevistar Selena Gomez no Royal Monceau, em Paris. As instruções são muito claras. Proibição formal de pronunciar o nome de Justin Bieber e a palavra tabloide. Quando eu cheguei perto da estrela, alguém da equipe pediu meu iPad para verificar o conteúdo das minhas perguntas e, provavelmente, submetê-las a Selena, localizada em outra sala. Esta mesma pessoa volta 5 minutos mais tarde me pedindo para remover duas perguntas. Você não vai saber o por quê da submissão aos homens regularmente nas canções da estrela pop de 23 anos. Você não vai saber se ela se considera uma feminista. A reação surpreendente para a melhor amiga Taylor Swift, que fala regularmente sobre o assunto. Sua voz, que vem do quarto ao lado, é mais grave do que o esperado. Muito maquiada, com o cabelo amarrado para trás, apenas dois fios caindo em seu rosto. É muito magra, usando um vestido preto bonito. Sorrindo e sendo profissional durante a entrevista, posando com um ar mais pensativo, um pouco depois de eu sair após pegar as minhas coisas… Um complexo de mulher-criança, criatura espionada pela mídia e superprotegida, e que nunca realmente vamos adivinhar o que estava por trás do seu sorriso carismático.

Com este novo álbum, nós vamos finalmente saber quem é Selena Gomez?
Sim… E até mesmo na primeira música do disco, chamado “Revival”. Ela diz que eu acordei depois de uma “viagem” que aconteceu durante os últimos dois anos. Como todo mundo, eu tenho experimentado altos e baixos, encontrados no álbum. Há vulnerabilidade… Ele reflete minha vida, o que eu vivi, pelo que eu passei. Tenho certeza que este álbum me representa da forma mais justa e da mais honesta.

Esta é uma boa notícia! Não me interprete mal, mas até agora eu sempre estive muito decepcionado com os seus álbuns, porque havia certamente algumas músicas muito fortes, mas nunca algo realmente pessoal…
Sim! Eu concordo! Obrigado! Eu acho que o gatilho, foi quando eu gravei “The Heart Wants What It Wants”. Eu acho que foi a primeira vez que eu realmente me abri. Eu estava muito ansiosa para fazer isso. Eu estava com muito medo de me revelar, compartilhar coisas íntimas. Ele pode ser bastante destrutivo quando você investe em algo, você decide mostrar os aspectos pessoais de si mesmo e talvez as pessoas não gostem disso. Mas agora eu não me importo. Isto é o que eu sou e eu não me importo com o que as pessoas pensam.

Por que você quer atingir as pessoas com um texto pessoal como em “The Heart Wants What It Wants”?
Todo mundo já estave apaixonado. Todo mundo já experimentou o que significa quando você ama alguém… Às vezes você sofre, e você deve seguir em frente. Você não tem escolha. Nada é perfeito… Eu só queria que as pessoas que me magoaram pudessem dizer “Tudo bem”, “Não importa se você está nesta situação,” você não pode ter tudo o que você quer e você vai fazer coisas que os outros ao redor não vão necessariamente aprovar. Só preciso que você acredite em você e… o coração quer o que ele quer.

Você co-escreveu “The Heart Wants What It Wants”. Você sentiu algo especial ao trabalhar nesta canção? Você sentiu que era um ponto de mudança?
Senti que o mundo inteiro estava falando demais. Era injusto e doloroso. Eu sou apenas uma mulher jovem. E a canção explica que existem milhões de razões para parar tudo, mas eu quero o que eu quero, e eu não podia ser ajudada, eu não podia ajudá-lo. Era mais forte do que eu. Fiquei muito emocionada quando eu cantei, porque eu queria que as pessoas olhassem para mim e vissem minha vida pessoal. Eu queria que as pessoas olhassem para mim e me vissem assim como eu sou. Eu sempre trabalhei duro, e eu faço isso desde que eu tinha 7 anos, mas não é isso que me mantém em pé.

É difícil viver para contarem sobre a sua figura pública e isso sempre passar primeiro que a artista ou a menina que você é? Você poderia usar isso como inspiração…
Sim… Você sabe, eu trabalhei duro para isso. Estive afastada por um ano no estúdio gravando o álbum. Assim, a minha vida tem girado em torno deste disco. E é isso, “Revival”, o meu projeto musical para todos. E como você disse, é mais pessoal. As pessoas vão ver isso. E vão querer ainda mais. Eles vão olhar para outras coisas… Eu só preciso ser paciente.

Você perdeu coisas? Você tem algum arrependimento?
Não… Vamos dizer que de todas as dificuldades pelas quais você passa permitem que você construa você. Todo mundo, em sua vida, faz coisas que não deveria ter feito. Mas você não pode viver em arrependimento. Você tem que avançar, você tem que crescer. Todo mundo vai cair um dia e terá força para se recuperar. Eu cometi erros que me arrependo… Mas eu também estou orgulhosa de quem eu sou.

O que você diria para a Selena Gomez de 7 anos se você a conhecesse?
“Não perca a confiança em você.” Eu tinha certeza de quem eu era no início, quando eu tinha 10 anos. Mas crescendo, eu estava cada vez mais perdida, perdi a confiança em mim mesma. Então eu experimentei coisas complicadas, como muitas pessoas. Quando eu era pequena, eu estava me fazendo menos perguntas que agora. Eu iria dizer isso se me encontrasse…

Sua voz mudou. Eu acho que, especialmente em “Same Old Love” é mais madura do que antes.
Eu apenas tive que encontrar com o que eu estava mais confortável. Como você disse, em outras canções, eu estava tentando fazer coisas com a minha voz antes que não eram realmente o que deveria ser feito… eu levei tempo para encontrar o meu tom! Eu tentei muitas coisas e agora eu sei como chegar na emoção. Se você deixar expressar quem você realmente é, apenas flui. Demorou um ano para encontrar a minha voz. Eu adorei…

É complicado estar no mercado do pop com a concorrência de todos os outros cantores?
Não, porque eu realmente não tenho um senso de competição. Quando eu estava no VMA deste ano, eu estava realmente feliz de ver todos. Eu estava lá para apoiar a minha melhor amiga Taylor. Eu estava lá por ela! As pessoas devem ajudar umas as outras. Há espaço para todos. E eu acho que ninguém iria querer uma cantora! Todos devem ser inspirados pelos outros.

Exatamente, quem são os artistas que inspiram você?
Eu amo a Beyoncé. Ela trabalha tão duro… Ela dá a impressão de que ela acorda toda manhã, come saudavelmente e dança com sua música… Ela é tão dedicada! É incrível. Ela me inspira, ela é tão poderosa.

Quais são suas músicas favoritas da sua discografia?
“The Heart Wants What It Wants”, sem hesitação. Entre todas as minhas músicas, é a que eu prefiro. “Kill Em With Kindness” e “Good For You”, em seguida.

Qual é o presente mais assustador que um fã lhe deu?
Assustador? Você está pegando um pouco pesado, mas é verdade que às vezes é estranho. Foi-me oferecido um monte de papel higiênico com mensagens escritas nele. E eu pensei, mas por que eles querem me dar isso? Eu tenho que usá-lo? (risos) Mas meus fãs são muito criativos. Eles sabem que eu adoro comida. E me dão muito mais! Macarons, bolos picantes. Eu gosto desse tipo de coisa!

O que você acha de Paris?
Eu apenas amo esta cidade. É tão romântica. Primeiro, a arquitetura e os edifícios são surpreendentes. Eu não tenho a mesma coisa em L.A.! Não é de todo ruim Los Angeles! E, assim como as pessoas são sofisticadas, prestam atenção a tudo. Eu realmente gosto de lá.

As pessoas são particularmente sofisticado quando você as encontra na França?
Sim, é claro! Os franceses são muito elegantes. Você não percebe porque você vive aqui. Eu sou do Texas e eu vejo a diferença. Aqui, as pessoas são adoráveis, eu amo a língua, a forma como as pessoas falam e você tem o melhor café do mundo, bares agradáveis. As pessoas são muito apaixonadas e demonstrativas. Eu estava em um parque e havia casais em todos os lugares. Nos bancos, no gramado, eles se beijavam! Era muito bonito. Mas os americanos diriam: “uh por que você faz isso, você está fazendo no chão?”! (risos).

Os americanos são mais modestos?
Não é possível exibir publicamente afeição. Mas quando você faz isso, não há ninguém. Nos EUA, se as pessoas estão fazendo isso em um parque, alguém poderia vir e dizer: “Espere um minuto, o que você está fazendo?”. Mas eu amo a França, é só amor, paixão.

Você pode me dizer um pouco sobre sua carreira de atriz?
Eu fiz uma dublagem para um filme de animação com Adam Sandler, “Hotel Transylvania 2”. O filme foi lançado nos EUA, é realmente encantador para famílias. Mas como atriz, eu estou tendendo a coisas muito diferentes este ano. Dramas, comédias… Eu tenho um filme com James Franco que vai sair em breve.

Você está tendendo a fazer filmes no estilo de “Spring Breakers”?
Claro! Eu adoraria! Eu quero continuar com isso. Há uma abundância de oportunidades e personagens. Gosto de trabalhar com diretores de cena inteligentes. Harmony (Korine, o diretor de Spring Breakers) é um gênio. Eu realmente quero fazer isso de novo.

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