Foi disponibilizado no dia 11 de novembro, o último episódio da série “Giving Back Generation” , idealizada por Raquelle Stevens, melhor amiga de Selena. Em formato de vodcast, a série tem como objetivo incentivar novas gerações a retribuir boas ações através de conversas profundas e pessoais de ícones e influenciadores da cultura pop em geral como Selena Gomez, Nina Dobrev e Sofia Carson.
O último episódio da série é uma conversa franca e crua entre Selena e Raquelle sobre como ela se sentia em ser um modelo a seguir quando era mais jovem, sua relação com as redes sociais e como a cantora superou as suas dificuldades. Confira abaixo os destaques de Selena no vodcast:
Sobre a relação de Selena com as redes sociais e como os comentários sobre seu peso a afetaram:
“Eu quero que as pessoas tenham uma boa relação com as mídias sociais. Não é algo que irá se desfazer em alguns anos. Mas reconhecendo que o mundo real está na sua frente e tentando prestar atenção nisso, é algo saudável. Quando eu faço um esforço para postar algo nas redes sociais, sobre o que eu estou fazendo, é importante para mim ter certeza de que aquilo é 100% autêntico e uma vez que eu postei, está postado. E é isto. Eu vejo tantas garotas lindas e com personalidades diferentes e então elas são demolidas por uma imagem que elas estão tentando perseguir. Elas querem ser uma pessoa completamente diferente, mas não é isso que está dentro delas, sabe? Mas eu entendo.
Eu olho para os perfis sociais de outras pessoas e eu fico tipo – ou costumava- , okay, eu preciso me consertar.
Sobre a experiência de Selena com body shaming [comentários ofensivos e inapropriados sobre seu corpo]:
“Minha primeira experiência relacionada a este assunto foi sobre a minha variação de peso. Eu tenho Lupus, lido com problemas renais e tenho pressão alta, então lido com muitos problemas de saúde e após tudo isso foi quando eu comecei a perceber mais sobre a minha imagem corporal. Não, [o lúpus não afeta meu peso]; é a combinação de todos esses problemas de saúde que afetam. É o remédio que eu tenho que tomar pelo resto da minha vida, as vezes depende até do mês para ser honesta. Então para mim, eu realmente notei quando as pessoas começaram a me atacar por isso [meu corpo]. Na realidade, essa é a minha verdade. Eu me deixo levar por esses comentários. Depende do que está acontecendo na minha vida quando recebo estes comentários. É como… [é totalmente fora do meu controle] e me afeta bastante. Eu acho que tudo isso realmente mexeu um pouco comigo.
Eu sou muito feliz vivendo esta vida. Estávamos conversando sobre isso antes, de viver no presente. É como eu postar uma foto e depois sumir das redes sociais. Vou fazer um tapete vermelho, vou fazer o que for e eu não preciso ver o que eu fiz. Eu fiz e ponto. Eu participei. Eu me senti maravilhosa e é apenas isso. Eu não ligo de ter uma grande exposição e ouvir o que todos tem a dizer sobre mim. “
Sobre passar por momentos difíceis de forma privada:
“Definitivamente minha fé ajuda. Mas também são as pessoas que me cercam. Então eu sinto que essas duas partes são importantes. O que eu diria sobre como ajudar alguém que está passando por algo difícil é que em primeiro lugar eles querem ser visto e querem ser ouvidos. Então eu só os ouço e não é como se eu tivesse a resposta ou algo presente para dar a eles. É mais sobre como nós podemos conversar e passar pela mesma coisa, como de ansiedade a depressão, ou como trauma, amor e corações partidos. Se torna uma parte da minha identidade e é como eu me comunico com as pessoas. Sou uma grande defensora da terapia, é claro, mas também está ligado ao o que você está ouvindo ou assistindo. É muito importante estar atento a isso. Eu tenho muito esses momentos reais. Mesmo que apenas por alguns segundos, se eu posso tocar o rosto deles e lhes dizer o quão maravilhosos eles são e que eu já presenciei as suas dores, que eu vejo as dores deles, que eu estou ali por eles e então eu tenho um momento com eles. É isso que me faz continuar a viver minha plataforma dessa maneira, são esses momentos.Minha fé definitivamente me ajuda quando estou me sentindo ansiosa ou deprimida. Eu acho que assim que eu comecei a realmente entender a minha espiritualidade e a acreditar em algo muito maior que eu, foi muito importante pra mim. Pois eu não acredito que eu consiga passar por esta vida sozinha. Eu sei que nós não somos perfeitos. Eu sei que a Palavra que eu leio vive em mim, todos os tipos de história de dor, provações, redenção e restauração… então eu acredito bastante nisso. Meus amigos também me ajudam. Vocês me ajudaram a passar por muita coisa e caminharam todo esse longo caminho comigo.”
Sobre a mais gratificante lição de vida que ela já aprendeu:
“Eu quero encontrar a maneira mais expressiva de dizer: trate as outras pessoas da maneira que você gostaria de ser tratado para não ter medo de ser vulnerável pois a vulnerabilidade te deixa mais forte, e não mais fraco. Para mim, outra grande lição é aprender com as pessoas que mais me machucaram de perdoa-los e continuar a entender e ter compaixão pelas pessoas.”Sobre encontrar significado nas dificuldades em que passou:
“Tem uma parte de mim que teve que ter um diálogo comigo mesma sobre muitas coisas que aconteceram comigo, mas eu sinto, pessoalmente, que passei por tudo isso e continuarei passando por dificuldades na minha vida por uma questão de conexão. Eu amo meu trabalho. Eu trabalho o máximo que eu posso. Eu estou sempre na hora para os meus compromissos. É importante tentar ter esse diálogo na minha cabeça. Às vezes é como ‘por que isso está acontecendo comigo? Por favooooooor!’”
Sobre deixar pra trás a imagem da imagem da Disney e se tornar mais confortável em se tornar mais vulnerável publicamente:
“Uma vez que eu quebrei essa barreira, pois ao ter sido parte da Disney – o que por sinal, foi uma das melhores experiências da minha vida – você retrata uma imagem e é necessário que tenha essa imagem e que seja um modelo a ser seguido. Mas no momento em que comecei a derrubar essas paredes, me senti muito exposta, por estava muito hesitante em compartilhar experiências com as pessoas. Então, eu me sentava, dava as respostas politicamente corretas, falava sobre coisas em que estava trabalhando, coisas que talvez as pessoas quisessem ouvir… e no momento em que eu comecei a deixar pra lá esse sentimento de julgamento ou ser exposta para o público, foi quando eu percebi que isso era um dom. Eu estava com medo. Eu não queria que as pessoas soubessem, mas a vida que me foi dada, eu acredito que tenho que compartilhá-la. “
Você pode conferir o último episódio da série, disponibilizado de forma gratuita, através do aplicativo “TaTaTu” clicando aqui.
Fonte: Elle
Tradução e Adaptação: Selena Gomez Brasil