selena gomez - de una vez

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Equipe SGBR
24 mar.2021

Na última terça-feira (23), o site oficial do Grammy publicou uma entrevista com Selena Gomez. A cantora deu mais detalhes sobre o processo criativo de seu primeiro EP em espanhol, Revelación, e citou Becky G, Kali Uchis e Omar Apollo como seus artistas latinos favoritos do momento.

Confira a entrevista completa traduzida abaixo:

Para tomar conta do gênero mais quente da música latina do momento, Selena Gomez convocou um de seus maiores produtores, Marco “Tainy” Másis. O criador de sucessos porto-riquenho, indicado ao GRAMMY, produziu todas, exceto uma, as 7 faixas do EP. Gomez também colaborou com alguns dos nomes mais promissores do gênero, os artistas porto-riquenhos Rauw Alejandro e Myke Towers, em “Baila Conmigo” e “Dámelo To ‘”, respectivamente.

O álbum já teve um bom começo. Revelación estreou em primeiro lugar na Billboard Top Latin Albums, e se tornou o primeiro álbum de uma artista feminina a debutar no topo da parada desde 2017.

Gomez afirmou que o single “Taki Taki” foi o pontapé para o Revelación e que lançar o álbum este ano parecia certo. “Tenho falado sobre fazer um projeto totalmente espanhol nos últimos 10 anos e, por uma razão ou outra, não deu certo”, disse ela ao GRAMMY.com. “Estou grata por ter esperado, porque teria sido um projeto completamente diferente há 10 anos. Algumas das músicas em que trabalhei nos últimos anos meio que me levaram naturalmente”.

Em entrevista por e-mail, Gomez conversou com GRAMMY.com sobre como fazer Revelación durante a pandemia, abraçar a herança latina no projeto e como continua a usar sua plataforma para inspirar mudanças, incluindo durante os protestos Black Lives Matter do ano passado.

Como foi trabalhar com Tainy no Revelación?

Tainy é um gênio e tem uma abordagem sutil e inteligente nas produções. Eu o conheci alguns anos atrás, quando trabalhamos juntos em “I Can’t Get Enough”, então tínhamos uma história juntos. Foi bem confortável explorar esse lado com ele. Começamos a gravar o EP pouco antes da COVID fechar tudo. Não foi fácil me ajustar às sessões de gravação com Zoom. Dizer que odiei é um eufemismo. Houve momentos em que eu simplesmente cancelava e saía de uma sessão porque estava muito sem inspiração. Tainy foi incrível e muito paciente enquanto eu superava minhas frustrações. No final do verão passado, finalmente me libertei e foi quando a música realmente começou a se encaixar.

Você já cantou em espanhol antes, mas esta é primeira vez tendo influências da música reggaeton em sua própria música. Você ouvia esse estilo enquanto crescia?

Sim, sou uma grande fã de reggaeton e fiquei muito feliz por ter essas influências neste EP. Alguns dos meus favoritos são, claro, Nicky Jam, Daddy Yankee, J Balvin, Ozuna, Bad Bunny e assim por diante. Eu me senti honrada em ter Tainy produzindo o Revelación. Ele é imensamente respeitado e significou muito para mim tê-lo ao meu lado para isso.

Tanto “Baila Conmigo” quanto “De Una Vez” foram top 5 na parada latina da Billboard. Como você se sente ao ver sua música se conectando com esse público?

Não consigo nem expressar quanto isso significou para mim. Uma grande parte do meu público é latino e eu queria fazer isso por eles como um agradecimento. Eu estava muito nervosa antes de “De Una Vez” ser lançada. Minha herança significa muito para mim e eu queria que fosse perfeita. Estudei bastante com meu professor de espanhol porque queria que cada pronúncia, cada palavra fosse perfeita. Quando vi as reações, fiquei muito feliz.

Sua xará Selena Quintanilla aprendeu espanhol por meio das canções. Foi uma experiência semelhante para você ao longo dos anos?

Não, minha experiência foi diferente. Quando eu estava crescendo, o lado paterno da família falava espanhol, então eu era fluente até uns 7 ou 8 [anos]. Comecei a trabalhar nessa época e com o passar dos anos comecei a perder o domínio da língua. Eu conseguia entender espanhol quando o ouvia, mas não conseguia mais necessariamente falar. Foi incrível estar imersa na língua espanhola por um longo período de tempo novamente. Eu quero continuar!

Com o Revelación, como você se sentiu ao expressar e escrever sobre suas experiências em espanhol?

Achei incrivelmente poderoso. O mais importante para mim ao começar a criar o EP foi que eu queria que você sentisse algo, quer você entenda espanhol ou não. Espero que todos ouçam com o coração e a mente aberta. Também acho incrível quando alguém que não fala espanhol procura as traduções e percebe que foi atraído por uma determinada música, e depois de aprender o que as palavras significavam, ainda tem o mesmo sentimento.

Como foi a experiência de trabalhar com DJ Snake novamente em “Selfish Love”?

Havíamos conversado sobre trabalhar juntos por anos e finalmente fizemos “Taki Taki”. Ele é um produtor que possui um profundo conhecimento e amor por todos os gêneros musicais. Isso o torna completo e disposto a sair da zona de conforto da melhor maneira. Foi tão boa nossa apresentação no Coachella. Mal posso esperar para voltar ao palco com ele.

Você faz parte de uma onda de artistas latino-americanos nascidos nos Estados Unidos, como Becky G, Kali Uchis e Omar Apollo, que fazem música em espanhol e não apenas em inglês. Por que você acha que mais artistas estão adotando suas raízes em sua música?

Em primeiro lugar, amo todos esses artistas e sou uma grande fã da música deles. Existe esse incrível sentimento de orgulho que os artistas têm por sua herança. Estamos prestando mais atenção nisso? Na verdade, acho que sempre esteve lá. Não tenho certeza se é todo o acesso à música por streaming e a internet que estamos expostos a diferentes gêneros, culturas e artistas que nunca seriam tocados no rádio. Mas não importa quais sejam as razões por trás disso, sou totalmente a favor. Acho que ajuda a unir as pessoas e a expandir mentes e experiências.

Eu amo sua música “Naturally”. Qual dos seus primeiros sucessos você gosta?

Comecei minha carreira muito jovem, então nem sempre é fácil olhar para trás. Eu não estava muito ciente do que realmente significava ser uma artista no início. Achava mais divertido do que qualquer coisa. Conforme fui crescendo, passei a me importar mais. Comecei a escrever música e desenvolvi uma apreciação de todo o processo. Eu sei que cresci como artista e com isso vem mais confiança no que trago para a mesa. Dito isso, tenho uma queda por “Who Says”, que gravei quando tinha 16 anos. A mensagem de amar a si mesmo e não permitir que alguém o destrua ainda ressoa em mim. Eu sempre irei apresentar essa música.

O ano passado foi um momento de reflexão na quarentena. Como você passou o tempo?

Nem consigo acreditar que já faz um ano que tudo foi fechado. No começo, não vou mentir, estava muito perdida e deprimida. Tentei encontrar distrações para me manter lúcida. Seja começando um programa novo ou fazendo pintura com aquarelas. Eu só queria qualquer coisa para manter minha mente longe do que estava acontecendo. A morte de George Floyd mudou tudo para mim. Não se tratava mais de tentar encontrar coisas mundanas para fazer o tempo passar. Fiquei muito triste. Fiquei furiosa e me senti motivada. Depois disso, além de manter todos protegidos da COVID, nada mais importava.

Você tem um grande número de seguidores nas redes sociais e usou o Instagram para destacar a conscientização sobre a saúde mental e movimentos como #BlackLivesMatter. Qual é a importância de usar sua plataforma para questões como essas?

Não me interpretem mal, eu entendo a importância das mídias sociais para ficar conectado com meus fãs e promover meus projetos. Mas o que me chateia é a desinformação e as mentiras que se espalham nessas plataformas. De certa forma, é uma ferramenta que nos dividiu em vez de nos conectar. Eu sou bem incisiva sobre o que penso das redes sociais e continuarei sendo até que as empresas de tecnologia assumam a responsabilidade e façam mudanças. No momento, o que eu posso fazer é escolher como uso e compartilho minhas mensagens com o mundo. 

Você também usou sua plataforma para oferecer suporte à comunidade LGBTQ+. Você tem uma mensagem para seus fãs LGBTQ +?

Anteriormente, você mencionou “Naturally” e eu lembro quando ela foi lançada, ela realmente começou a ser tocada em bares gays antes de qualquer outro lugar. Eu estava com tanto ciúme por ser muito jovem para sair e dançar com todo mundo. Espero que eles ouçam em minha música a importância do amor-próprio e a força que vem através da vulnerabilidade. A comunidade LGBTQ + tem estado lá para mim e eu estou com eles. Cresci no Texas e lembro de quando era criança, minha mãe tinha um grupo de amigos gays e adorava estar perto deles. Não se falava sobre ser “diferente”. Era um amor puro e genuíno e nunca vou esquecer disso. Percorremos um longo caminho nos últimos 10 anos, mas ainda temos muito mais pela frente. O Senado precisa  aprovar a Lei da Igualdade. É um absurdo que isso esteja sendo debatido em 2021.

Você está na indústria da música há mais de uma década. O que você aprendeu sobre si mesma até hoje?

Por onde começo? Às vezes me sinto muito mais velha com todas as coisas que passei na minha vida. Eu diria que aprendi a ser resiliente e não desistir, mesmo quando o mundo pode parecer incrivelmente sombrio. Em relação a ser uma artista, ganhei confiança para assumir o controle total. Com meus dois últimos álbuns, foi incrível ter minha visão executada e ainda mais com o último, Rare. Eu não queria muito barulho externo. Eu queria estar isolada no estúdio com meus co-escritores e produtores e fazer minha melhor música. Acho que conseguimos isso e sei que posso me esforçar ainda mais.

Tradução e Adaptação: Equipe Selena Gomez Brasil

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