Como temos acompanhado nos últimos dias, Selena Gomez cedeu espaço em seu maior perfil nas redes sociais – o Instagram – para influenciadores e líderes da luta por justiça racial nos Estados Unidos. Com a ação, Selena abre mão de um pouco de seu privilégio em favor de uma causa que vai definir o futuro dessa geração.
A terceira influência a assumir o Instagram de Selena é a professora Kimberlé Crenshaw, ela é responsável pelo conteúdo deste domingo, 07/6. Veja sua apresentação:
“Conheça Kimberlé Crenshaw (@kimberlecrenshaw – sandylocks no Twitter). Você pode ter ouvido falar de “interseccionalidade”, “Teoria Crítica da Raça” e “#SayHerName“, mas não fazer ideia de onde isso veio. Kimberlé é co-fundadora do Fórum de Políticas Afro-Americanas (@aapolicyforum), hospeda pelo podcast @intersectionalitymatters, ensina direito na UCLA e na Columbia e modera a série semanal de conversas “Under The Blacklight”. Hoje ela estará assumindo meu Instagram!”
NOTA SGBR: “Interseccionalidade”, segundo Kimberlé, são “sistemas discriminatórios” (como racismo, patriarcado, opressão de classe, etc), que se sobrepõem ou se entrecruzam, criando ligações complexas que atingem especialmente mulheres marginalizadas. Assim, mulheres pretas e pobres, pretas e lésbicas, pretas e deficientes (por exemplo) seriam atingidas por opressões distintas porém interconectadas que as colocariam em situações de maior vulnerabilidade do que outras. Ela chama essa situação de “opressão interseccional”. Já a “Teoria Crítica da Raça”, é um novo ramo de estudos que apontam a raça como principal lente de análise da realidade – Kimberlé é uma das precursoras desse campo de estudos.
Em seu post principal na conta de Selena, a defensora dos direitos civis falou sobre a brutalidade policial contra a mulher preta e o início do movimento #SayHerName. Veja:
“Muito obrigada, Selena! Meu nome e Kimberlé Crenshaw (@kimberlecrenshaw).
Após as mortes de Eric Garner e Michael Brown pela polícia, em 2014, o Fórum de Políticas Afro-americanas se juntou a milhares de outras pessoas em protesto contra a brutalidade policial, marchando sob uma bandeira com os nomes de mulheres pretas assassinadas pela polícia.
Quando não ouvimos os nomes delas, começamos a clamar ‘Digam! Seus! Nomes!’. Foi assim que o nosso movimento #SayHerName começou. Ao trabalhar com famílias de mulheres que foram assassinadas, nós resistimos contando suas histórias.
Não podemos consertar um problema que não podemos ver. Junte-se a nós nessa luta. Clique aqui.”
Veja e entenda as imagens e links compartilhados por Kimberlé no Instagram Stories.
NOTA SGBR: Racismo estrutural é um termo usado para revelar a prática que existem sociedades com base na discriminação que privilegia algumas raças e causa desvantagens a outras. No Brasil, nos outros países americanos e nos europeus, essa distinção favorece pessoas brancas e desfavorece pretos e indígenas, por exemplo. Um alerta do racismo estrutural no Brasil é o fato de a população preta representar mais da metade da população do país (54%) e a maioria dos políticos no Congresso (96%) serem brancos, ou atores e atrizes em novelas com o estereótipo branco-europeu.
Você pode acompanhar todas as postagens diárias com o discurso de outros ativistas noInstagram oficial de Selena.
O Selena Gomez Brasil traduzirá diariamente os conteúdos publicados por cada influenciador.
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