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Equipe SGBR
29 jan.2020

Para a divulgação do “Rare“, Selena Gomez concedeu uma entrevista a NPR, onde falou abertamente sobre seus dois relacionamentos antigos e seus respectivos términos, sobre sua saúde mental e sobre falar o que vem do coração em suas canções, em uma das melhores e mais cruas entrevistas da carreira. Confira a entrevista traduzida:

NPR: Você tatuou o nome do seu álbum na sua nuca. De onde veio essa ideia?

SG: Essa palavra significa muito mais para mim agora do que apenas o título de uma canção. Nós vivemos em um momento onde tudo é aparência e mídias sociais. Há muitos canais diferentes dizendo para as pessoas como elas devem se portar e ser. Eu quero representar aquela pessoa que está dizendo “Você é o que você é. Você é único. Você é raro.”

NPR: Muita coisa aconteceu desde de que o seu último álbum, “Revival“, saiu em 2015. Você atraiu bastante o olho do público para si.

SG: Certo. Divertido, não? (Risadas)

NPR: Deve ter sido difícil: Dois términos públicos de relacionamento, a descoberta do Lupus, um transplante de rim… Você ficou em todas as páginas de notícias devido a isso.

SG: Eu senti que eu não tive um fechamento respeitoso disso tudo. A razão pela qual eu fiquei tão aberta sobre todos esses desafios e tribulações que ocorreram na minha vida é porque as pessoas já iam de certa forma falar sobre mim. Eu não ia ter escolha pois as notícias se espalham muito rápido hoje em dia. E na maioria das vezes, sim, não é verdade o que falam, ou é uma versão embaralhada da verdade. Eu quero ter a chance de contar a minha história do jeito que eu quero conta-la. E eu não poderia negar todas as coisas que aconteceram, eu não ia fingir um sorriso em algo que foi realmente doloroso – alguns dos piores momentos da minha vida. E eu não sei se eu iria conseguir passar por tudo isso. Há questão médicas, e obviamente, questões emocionais. Eu apenas tive que achar uma forma de contar o meu lado da história.

NPR: Você disse que esse álbum é o seu diário dos últimos cinco anos, e ele realmente soa como um diário cheio de dor. Eu gostaria de falar sobre uma das canções, “Fun” – há algumas nesse álbum em que você referência suas batalhas relacionadas a saúde mental. Você falou sobre sofrer ansiedade e depressão e em 2018, você tirou um tempo para cuidar das suas questões psicológicas. Como você está?

SG: Eu estou ótima! Estou tomando a medicação adequada que preciso tomar, para manter minha saúde mental. Eu totalmente acredito que todos devem fazer visitas preventivas a doutores ou terapeutas para sempre. Isto é algo que eu vou sempre continuar trabalhando. Sim, eu não acho que magicamente eu me sinto ótima diariamente. Tem dias em que pra mim é difícil até mesmo sair da cama ou que eu tenho grandes crises de ansiedade. Tudo isso continua acontecendo.
Acho que “Fun“, em particular, é mais sobre o meu aprendizado do assunto. Quando eu era criança, eu ficava apavorada com tempestades e isso costumava me deixar paranoica. Eu morava no Texas, então associava que qualquer trovão significaria um tornado. Então minha mãe costumava me dar esses livros, eram livros finos para crianças sobre “O que é a chuva?” e “O que é tal coisa?”, e ela me disse “O quanto mais você souber sobre algo e como funciona, você sentirá cada vez com menos medo”. Isso funciona bastante para mim agora.

Pela forma como eu olho para esses momentos bem difíceis da minha vida, acho que a única coisa que me ajudou é que eu posso utilizar isso para ajudar outras pessoas. Então sim, eu consigo sentar e conversar com outra pessoa que passou por diversos problemas de saúde, eu consigo sentar e conversar com pessoas que tiveram seus corações completamente quebrados ou com uma família que está passando por dificuldades, lutando pelos seus direitos para permanecer nesse país. Jovens que estão se preocupando com coisas que nem deveriam se preocupar nessa idade. Eu quero viver em um mundo onde uma garota de 11 anos não está prestes a cometer suicídio devido ao bullying nas redes sociais. É nisso que eu acredito que seja a minha missão. Eu acho que tenho tantos sonhos e idéias que posso retribuir. E neste momento, eu sei que isso será algo para toda a minha vida.

NPR:Lose You To Love Me” foi o seu primeiro número um deste álbum. Fale um pouco mais sobre esta canção.


SG: Eu tenho muito orgulho [da canção]. Tem um significado diferente para mim do que quando eu a escrevi. Eu senti que eu não tive um devido fechamento e eu aceitei isso, mas eu sei que eu precisava arrumar alguma forma de dizer algumas coisas que eu gostaria de ter dito. Não é uma canção sobre ódio. É uma música que está dizendo “Eu vivi algo lindo e eu nunca vou negar isso. Foi muito difícil e eu estou feliz que acabou”. E eu sinto que foi uma forma maravilhosa de dizer isso, sabe? Que acabou, que eu entendo, respeito e agora estou entrando em um outro capítulo.

NPR: Dizer adeus ao Justin Bieber que é o que eu assumo que você esteja falando agora.


SG: Você precisava colocar o nome na conversa, é eu entendo.

NPR: Você olha para o passado, quando você pensa nas partes da sua vida que foram dolorosas, das que você já superou, este relacionamento foi uma das partes mais difíceis?

SG: Não pois eu encontrei força através disso. É perigoso permanecer mentalmente como uma vítima. E eu não estou sendo desrespeitosa. Eu realmente sinto que fui uma vítima de um certo abuso.

NPR: Você quer dizer sobre abuso emocional?

SG: Sim e eu acho que foi algo que eu tive que achar uma forma de entender quando amadureci. E tive que entender as decisões que eu estava tomando. Do mesmo jeito que eu não quero passar o resto da minha vida falando sobre isso. Eu realmente estou orgulhosa que eu possa dizer que eu me sinto mais forte do que jamais me senti, e que eu achei uma forma de passar por tudo isso com a maior graciosidade possível.

NPR: Eu quero falar sobre a canção “Vulnerable” pois ela me passou a ideia de que estar vulnerável representa a habilidade de seguir em frente. O que essa música significa para você?


SG: Significa para mim que a vulnerabilidade – e eu já disse isso antes – é sinônimo de força. Como eu cresci nesse meio caótico, eu tive que aprender a como ser dura e forte, mas eu não sou essa pessoa severa. E eu tenho tudo para ser essa pessoa horrível. Desde dos meus 7 até os meus 27, eu venho trabalhando e eu sempre tive as piores coisas ditas para mim, e sobre mim, além de ser exposta ao extremo. Um dos meus problemas é que eu sempre sentia que eu era uma pessoa fraca pois choro, fico muito emocional e odeio quando uma pessoa é rude. Eu comecei, há alguns anos, entender que vulnerabilidade é na verdade um vigor. Eu brilho muito mais quando compartilho a minha história com alguém, quando estou lá por algum amigo ou quando eu conheço alguém e não sou amarga ou sarcástica. É claro que algumas vezes eu sou [amarga} mas eu tenho orgulho de estar okay em falar abertamente sobre meu coração. E na música inteira eu estou dizendo “Hey se eu te der isso, se eu me entregar inteira a você, você será forte o suficiente para estar lá por mim?”. Se não, eu irei me livrar desta situação mas ainda estarei vulnerável para o que vem a seguir.

Fonte: NPR

Tradução e Adaptação: Selena Gomez Brasil

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