Apresentando de artistas femininas a modelos em afinidade com a moda, a Vogue fascina nas bancas há décadas. Quando o assunto é Selena Gomez, não é diferente; a estrela é sempre um triunfo estampando as capas da revista mais importante da indústria, que realiza cobertura na moda, beleza e estilo de vida.
Cantora multiplatinada e atriz em destaque na série “Only Murders in the Building”, a artista já ilustrou a capa da Vogue em sete ocasiões distintas. Sua estreia, inclusive, deu-se na edição brasileira da revista. Junte-se a nós e relembre todas as vezes que a moreninha apareceu na publicação:
No dia 24 de março de 2016, a Vogue Brasil mostrou ao mundo Selena Gomez e o Nicolas Ghesquière como capa da revista, marcando a primeira vez da artista como estampa da editoração. Na época, ela representava Louis Vuitton como garota-propaganda, marca à frente da qual se encontrava o designer fotografado junto com a cantora.
O ensaio ficou sob responsabilidade do fotógrafo Bruce Weber, que realizou as imagens em Miami. A maquiagem, feita por Peter Philips com produtos Christian Dior, realçou a beleza natural da estrela, enquanto o cabelo foi assinado por Paul Hanlon.
“Minha relação com Nicolas e a Louis Vuitton aconteceu de maneira muito orgânica. O mundo da moda era novo para mim, ele foi gentil e me deu grande apoio. Hoje, considero-o um amigo”, contou à Isabel Junqueira, correspondente da Vogue. O estilista notabilizou Gomez ao remodelar seu refinamento para tapetes vermelhos e outros eventos. Em ponto alto da carreira com a era do disco “Revival”, Selena confirmou, na breve entrevista, passagem da turnê pelo Brasil. Mais tarde, diferentemente do planejado, não aconteceu devido a problemas de saúde envolvendo lúpus e saúde mental.
Vogue Austrália (setembro, 2016)
Em 7 de agosto de 2016, Selena Gomez foi revelada como a próxima face da Vogue australiana. Na entrevista, ela falou sobre sua carreira como atriz, sua nova fase na música, moda, entre outros temas. Para a sessão de fotos da revista, a estrela foi maquiada por Hung Vanngo, estilizada por Sally Lyndley e fotografada por Emma Summerton.
“Com a atuação, uma das maiores dificuldades é minha vida pessoal. David O. Russell, David Fincher, Martin Scorsese e Damien Chazelle. Qualquer um desses diretores que falei jamais irão pensar em mim como primeira opção para um papel. Ainda tenho muito a provar”, declarou naquele ano.
“Eu acho que foi apenas um passo na direção correta, estou orgulhosa disso. Uma vez que eu provei desta água, fiquei tipo: ‘certo, estou construindo quem eu sou e tive que escrever este álbum, é tudo sobre mim’. Quando é sobre minha música, tudo que eu queria era ter certeza de estar sendo autêntica e sendo eu mesma. Aproveitei a chance com este álbum. Eu acho que o ‘Revival’ mudou a perspectiva de muitas pessoas, porém tenho certeza de que algo que ainda permanece é o questionamento sobre minha aptidão de fazer o que eu amo fazer”, finalizou.
Vogue Estados Unidos (abril, 2017)
No dia 16 de março de 2017, a Vogue estadunidense exibia sua primeira capa estampada por Selena Gomez. À publicação, a atriz e cantora discorreu sobre seu passado, presente e futuro na indústria fonográfica e problemas de autoestima. Além disso, comentou a respeito da discrepância entre homens e mulheres ao demonstrar amadurecimento. Clicada por Mert Alas e Marcus Piggott, Gomez vestiu figurinos Balenciaga, Dolce & Gabbana, Coach e mais.
“Turnês são lugares bem solitários para mim. A minha autoestimada estava baqueada. Eu estava depressiva, ansiosa e comecei a ter crises de pânico antes de subir ao palco ou logo depois de sair. Basicamente, senti que não era boa o suficiente, que não era capaz e que não estava dando nada para meus fãs, e eles podiam notar, o que eu acho que era uma completa deturpação. Estava acostumada a me apresentar para crianças. Nos shows, eu fazia eles levantarem seus mindinhos e prometer nunca deixar ninguém dizer que eles não eram bons o bastante. De repente, eu tenho crianças fumando e bebendo nos meus shows, pessoas em seus 20, 30 anos, e eu estou olhando em seus olhos, sem saber o que dizer. Eu não podia falar: vamos todos fazer promessas que vocês são lindos. Não funciona assim e eu sei disso porque estou lidando com os mesmos problemas que eles. O que eu gostaria de dizer é que a vida é muito estressante, e que eu sinto vontade de fugir. Mas nem eu estava me conseguindo entender, então eu senti que não tinha sabedoria para compartilhar. Então talvez eu pensava que todos lá estavam pensando: isso é perda de tempo”, explicou no momento.
“Para meninos, há uma forma de rebelar que pode dar certo para eles. Mas, para uma mulher, isso pode dar errado. É difícil não se tornar um clichê, a estrela mirim que deu errado. Eu respeitava os meus fãs e o que eu tinha; no entanto, eu também estava descobrindo do que eu gostava e até onde eu estava disposta a ir”, ponderou.
“Terapia Comportamental Dialética mudou completamente a minha vida. Eu gostaria que mais pessoas falassem sobre terapia. Nós garotas somos ensinadas a sermos muito resistentes, a sermos fortes, sexy, legais e tranquilas. A garota que aceita tudo. Nós também sentimos a vontade de poder estar mal”, finalizou.
Em 30 de novembro de 2020, a versão mexicana da Vogue divulgou Selena Gomez como capa da edição referente ao mês de dezembro. À revista, a artista contou sobre sua batalha contra o lúpus e o transtorno bipolar com os quais foi diagnosticada, período de isolamento causado pandemia da COVID-19, movimento “Black Lives Matter” e linha de maquiagens Rare Beauty. A entrevista foi coordenada por Atenea Morales De La Cruz, já as fotos foram feitas pelo fotógrafo Dario Calmese.
“Certifiquem-se de pegar o telefone e ligar com frequência. Temos que ter certeza de estarmos cientes não só de nossa família, mas de nossos amigos. Sentimo-nos solitários e isolados, e uma simples chamada para perguntar como estão é de grande ajuda”, recomendou naquele período.
“Foi quando eu era mais jovem, porque, sinceramente, estava encontrando minha própria voz e tentando esclarecer quem eu era e quais eram minhas crenças. Quando encontrei, senti que era uma responsabilidade usar minha plataforma de maneira significativa”, explanou a necessidade de usar suas plataformas para apoiar causas como “Vidas Negras Importam” e outros debates sociais.
Vogue Estados Unidos (abril, 2021)
Em 9 de março de 2021, a Vogue norte-americana assinalava Selena Gomez como a estrela-capa de sua edição de abril, à qual a cantora falou sobre seu primeiro EP totalmente em espanhol, intitulado “Revelación”, política, sua infância, pausa na carreira e outros projetos em curso na época.
“O projeto é realmente uma homenagem à minha herança. É mais fácil, para mim, cantar em espanhol do que falar. Grande parte da minha base de fãs é latina, e eu tenho dito a eles que esse álbum iria acontecer por anos. Contudo, o fato de estar saindo durante esse período específico é muito legal”, diz sobre a criação do “Revelación”.
“É difícil continuar fazendo música quando as pessoas não levam você necessariamente a sério”. Tive momentos em que fiquei, por exemplo, ‘qual é o objetivo?’ e ‘por que continuo fazendo isso?’. Com ‘Lose You to Love Me’, senti que foi a melhor música que já lancei, e, para algumas pessoas, ainda não foi o suficiente. Acho que existem muitas pessoas que gostam da minha música, razão pela qual sou muito grata por continuar, mas acho que, na próxima vez que fizer um álbum, será diferente. Quero tentar uma última vez antes de aposentar a música”, declarou sobre seu papel como cantora.
Em 20 de junho de 2021, a Vogue australiana anunciava Selena Gomez como estampa da edição de julho daquele ano. A atriz e cantora foi estilizada por Patti Wilson, com cabelo feito por Chris McMillan, maquiagem por Hung Vanngo, manicure por Tom Bachik e clicada pelo estúdio Alique. Para a publicação, Selena falou sobre a pandemia, “Selena + Chef”, “Only Murders in the Building”, “Rare Beauty” e também se abriu no que tange a tópicos de sua vida pessoal.
“Eu tenho. Espero que as pessoas entendam o quão frágil a vida é, mas o quanto ela é linda ao mesmo tempo. Eu vi pessoas se tornarem mais leves, pacientes, tendo muitas conversas intelectuais, cheias de significados. Você pode perceber que isso tem acontecido com as pessoas”, afirmou sobre suas esperanças para o novo normal em tempos pandêmicos.
“Queria que fosse somente os essenciais, e, claro, nós viemos com cor e linhas de batom e todas essas coisas que estamos lançando. Entretanto, só queria que fosse aquele lugar onde você se sente bem, cobre o que você quer cobrir. E, para ser honesta, eu queria trazer uma plataforma para saúde mental e mulheres e homens jovens que lidam com algo – inseguranças, depressão, ansiedade. Por isso, foi necessário, para mim, começar o Rare Impact Fund, e nossa meta é doar cem mil dólares em 10 anos. Eu acredito muito nisso. Nós temos muito acesso para ajudar de maneiras diferentes. Por que não poderia ter um lugar para a saúde mental? Porque isso é tão importante”, contou sobre o desenvolvimento de sua marca de beleza, a Rare Beauty.
“Honestamente, eu nunca quero ser uma pessoa que diz: tenho remédio, está tudo bem agora. Acredito em medicamentos, obviamente, e em terapia; todas essas coisas que fiz para tentar me tornar melhor. Mas,!meu conselho não será: ah, você vai superar isso. Na verdade, é uma prática diária. Então, se estou pensando em algo, quero entender antes disso. Ou, se eu estiver sozinha e isolada por muito tempo, eu ficarei, por exemplo, ‘preciso estar perto de pessoas que amo’. Como eu disse, eu também faço terapia. Você pode encontrar maneiras de viver nele, mas uma vez que você entende isso, o medo de você admitir que tem algo vai embora”, aconselha sobre mulheres que possam estar lutando com sua jornada de saúde mental.
Para a versão da Vogue singapurense, a entrevista com Selena Gomez e as imagens foram replicadas a partir do lançamento da edição da Austrália. A artista dividiu-se em inúmeras grifes de peso para o ensaio: Balenciaga, Burberry, Chanel, Halpern, Issey Miyake, Noir Kei Ninomiya, Saint Laurent e Versace.
